Com veneno escorrendo da boca, feito cobra, Cora morre em "Império"
Do UOL, no RioApós salvar a vida de José Alfredo (Alexandre Nero) em um atentado, Cora (Marjorie Estiano) vai mesmo morrer em "Império". A cena está prevista para ir ao ar no dia 23, uma segunda-feira. Depois de passar dias entre a vida e a morte no hospital, a megera, que leva um tiro durante o desfile da União de Santa Teresa, na Sapucaí, não resiste aos ferimentos.
Segundo o diretor de núcelo Rogério Gomes, a sequência será gravada na próxima semana, já que a equipe vai manter o ritmo de trabalho durante o período do carnaval. "Essa morte já estava prevista. A Marjorie substituiu a Drica nessa personagem de forma maravilhosa, a gente teve que fazer essa manobra. Ela não podia morrer naquela época porque ainda tinha uma função para cumprir. Mas a Marjorie deu conta do recado, segurou a onda e foi super bem. O saldo dessa história foi positivo", afirmou o diretor ao UOL, referindo-se ao afastamento de Drica Moraes, por problemas de saúde.
Na trama, a sobrinha de Cora, Cristina (Leandra Leal), é a primeira a receber a notícia. Acompanhada do Comendador, ela fica ansiosa assim que o médico que cuidava da paciente se aproxima. "Você precisa ser forte. Porque a notícia não é nada boa". Tensa, a jovem percebe que há algo de errado e, ao receber a confirmação da morte da dia, se abraça ao pai e cai no choro.
Na UTI, a enfermeira despluga os aparelhos, ajeita o lençol e cruza as mãos de Cora sobre seu peito. Quando o corpo estiver sozinho, o público vai ver um filete de líquido verde, lembrando um veneno, escorrendo pelo canto da boca da megera. Aguinaldo Silva manda até um recado para a equipe de sonoplastia da novela, pedindo para acrescentar um som de guizo à cena, reforçando a imagem de uma cobra.
"Isso é coisa do Aguinaldo, que gosta de um realismo fantástico, está no DNA das histórias dele. E tem a ver com o perfil da personagem", afirmou Gomes.
Delírio ou realidade?
Antes de morrer, no entanto, Cora afirma à enfermeira que realizou seu grande sonho e perdeu a virgindade com o Comendador. Segundo o site oficial da novela, a enfermeira estranha quando ela menciona a visita de Zé Alfredo. ''Mas eu estava no meu posto, no fim do corredor, e sei que aqui não entrou ninguém'', diz ela, levantando a suspeita de que tudo não passa de um grande delírio da paciente. No entanto, a megera garante que tudo aconteceu de verdade. "Ele mesmo! Meu cunhado. Esteve aqui... Deitou comigo... E me amou! Cumpriu com o destino dele... Me fez mulher", reforça ela, feliz da vida. Mal sabia ela que tinha pouco tempo de vida.
Delírio ou não, a "noite de amor" com Zé Alfredo havia sido prometida pelo autor Aguinaldo Silva, que garantiu em seu blog que Cora não morreria durante o desfile da União de Santa Teresa, quando Maurílio (Carmo Dalla Vecchia) faz outra vítima. "Seria eu tão sádico e tão cruel a ponto de matar a personagem sem dar a ela a noite de amor a que ela tem direito com o homem amado? Claro que não!... Cora não morrerá antes de ter sua noite de amor com José Alfredo", escreveu o autor.
"Mas eu também disse que alguém morreria durante o desfile na Sapucaí, lembram? E se Cora não morreu, quem foi a vítima?", continuou.