"Cenas mais sensuais ainda causam frisson", afirma Paolla sobre minissérie

Giselle de Almeida
Do UOL, no Rio

Não se deixe enganar pelo ar angelical de Paolla Oliveira. A atriz, que costuma dar vida a românticas e doces mocinhas na TV, surgirá mais sensual do que nunca na minissérie "Felizes para Sempre?", que estreia na Globo na próxima segunda-feira (26), após o "Big Brother Brasil".

Na pele da garota de programa Denise, também conhecida por Danny Bond, a atriz encarou sem medo cenas quentes e de nudez. Na verdade, ela nem considera essas sequências mais difíceis que "uma cena normal do cotidiano". "Todo papel tem o seu grau de dificuldade. O que percebo é que cenas mais sensuais ainda causam um frisson, ficam todos vendo apenas por uma vertente, é uma supervalorização focada apenas no sensual. Mas a história como um todo, os conflitos que ela apresenta são mais importantes", analisa a atriz, garantindo que a personagem tem mais a oferecer.

"Tudo tem um propósito, a cena mais sensual não foi de forma gratuita. Denise não é uma personagem limitada, que tem apenas o apelo sensual, ela é muito mais complexa, uma mulher cheia de mistérios", afirma a intérprete, que buscou inspiração em longas como "O Preço da Traição" e "Azul é a Cor Mais Quente", além da série "Orange is the New Black".

"Vi diversos filmes e algumas séries que tinham personagens que me interessavam, pela agilidade de raciocínio. Assisti a coisas que tinham relações mais complexas, de amor", afirma a atriz. 

Na trama de Euclydes Marinho, Danny é contratada para apimentar a relação de Marília (Maria Fernanda Cândido) e Cláudio (Enrique Diaz). Na vida real, no entanto, a atriz, que é casada com o ator Joaquim Lopes, prefere não dizer se adotaria ou não uma solução como essa para salvar um casamento em crise. "Cada caso é um caso, as pessoas têm o direto de fazer escolhas. Não existe o certo e o errado", diz. 

A notícia de que Paolla beijaria outras atrizes em cena - como a colega Martha Nowill, que interpreta Daniela, namorada de Danny - causou burburinho antes mesmo de a produção estrear. Mas ela minimiza a polêmica e vê com bons olhos a crescente inclusão de personagens homossexuais na TV aberta. "Nós tivemos diretores incríveis e um texto primoroso, não foi nada sem propósito. Acredito que os personagens chegam para mostrar que o amor é um sentimento nobre, que as pessoas têm direito a fazer suas escolhas e que devemos respeitar", conclui.