Desde o início de "Império", a homofobia de Enrico (Joaquim Lopes) tem sido alvo de especulações entre o público: seria o filho de Cláudio (José Mayer) um homossexual não assumido? Se depender da vontade do ator, isso não se confirmará. "Eu torço para que ele não seja. Acredito que, ele sendo hétero, a denúncia fica mais relevante. Se ele fosse gay enrustido, acho que as pessoas poderiam achar uma justificativa: 'Tá vendo, é por isso'. Acho que a crítica poderia perder a força", opina o intérprete.

Nos próximos capítulos da novela das nove, Enrico continua sendo o alvo de Felipe (Laércio Fonseca), que, obcecado, vai atrás do chef. Sempre observando o seu novo objeto de desejo, o ajudante de cozinha vai até ameaçá-lo com um facão, como adiantou Aguinaldo Silva em seu blog.

Embora Enrico tenha atitudes bastante condenáveis, Joaquim, de 34 anos, diz que a resposta do público não tem nada de hostilidade. Pelo contrário. "A abordagem das pessoas é sempre muito carinhosa, elas conseguem separar muito bem as coisas, reconhecem o trabalho do ator", explica ele, que torce para conseguir passar a mensagem contra a violência através da trama.

"Espero que vejam dessa forma. É um absurdo que a homofobia ainda não seja crime. Existe um projeto de lei tramitando há mais de um ano no Congresso. Estamos em 2015, vamos evoluir", aposta Joaquim.