Após dois anos longe da TV, Elaine Mickely volta à Globo com o pé na Record
Amanda SerraDo UOL, em São Paulo
Afastada da TV havia dois anos – seu último trabalho tinha sido a "Turma do Didi", em 2012 – a atriz Elaine Mickely, 34 anos, faria apenas uma participação especial em "Império", da Globo, mas acabou ganhando um papel fixo na pele da rainha de bateria Xênia.
"Foi um reconhecimento muito grande do diretor [Rogério Gomes, o Papinha] e também do Aguinaldo Silva. O que era uma participação virou um personagem fixo, acabei assinando contrato e tudo. De um modo geral, esse retorno foi um presente", afirmou a atriz, que vinha tentando uma volta à televisão, mas não conseguia papéis.
Se por dois anos faltaram boas propostas de trabalho, Elaine agora pode comemorar. Depois de março, quando terminam seus compromissos com a Globo, ela migra para Record, na qual comandará o reality show "Power Couple", ao lado do marido, o apresentador César Filho – atualmente à frente do "Hoje em Dia".
"Fiquei muito surpresa com o convite, porque nunca apresentei. A Record acredita que eu e o César passamos uma imagem muito boa de casal, divertida. A proposta feita por eles é muito bacana. Devo ir para lá em maio", adiantou Elaine, que até o momento não recebeu nenhuma outra proposta da Globo.
Boa forma
O papel na trama das nove chegou em boa hora para a atriz, que havia emagrecido 6 kg em um ano por causa da malhação. "A novela me pegou em um momento em que estava bem com o meu corpo. O look sensual da personagem não foi um problema", disse ela, que está com 66 kg, distruibuídos em 1,72 m de altura.
Na pele da passista, que não se conforma em ter perdido o posto de rainha para Juju (Cris Vianna) e faz de tudo para consegui-lo novamente, a atriz conta que um dos maiores desafios foi sambar ao lado da rainha de bateria do Salgueiro, Viviane Araújo. Vivi interpreta a manicure Naná.
"Sambar na frente dela e da Cris Viana, duas rainhas de escola de samba, não foi fácil. Quando a Vivi me viu nos ensaios, ela elogiou e disse que eu sambava com elegância", contou Elaine, feliz com o elogio da colega.
"Não tive nenhum preparo para sambar. Já desfilei algumas vezes, mas nunca fui rainha. Tenho o samba no pé e fui compondo a Xênia a partir de uma intuição feminina minha, de histórias que ouvia sobre os bastidores do Carnaval. A Xênia muitas vezes perde a compostura e esses relatos ajudaram a compor a personagem", completou.
"Fui mãe nesse período"
Para Elaine, um dos empecilhos para voltar à TV ocorreu por conta de sua trajetória no humor. Ela também já participou da "Escolinha do Professor Raimundo".
"Fiquei estereotipada como uma atriz de comédia, do humor. Sofri, sim, um certo preconceito, tive dificuldades de voltar para a dramaturgia. Nos dois anos em que estive afastada faltaram convites bons, algo que fosse na dramaturgia", contou.
Nesse período, a atriz cuidou dos filhos Luma, de 14 anos, e Luigi, de 10, da casa e de si mesma. "Amadureci com as crianças, com o casamento, com as responsabilidades, com o fato de não ter o trabalho no momento em que queria. Eu me tornei mais mulher", analisou.