Em meio a especulações sobre uma eventual participação de Charlie Sheen no episódio final de "Two and a Half Men", o criador da série, Chuck Lorre, pôs o histórico de brigas entre os dois de lado e expressou gratidão pelo trabalho do ator, que permaneceu na sitcom por oito temporadas.  

"Seria inapropriado não reconhecer nosso sucesso com Charlie e o quão grato eu sou, todos nós somos. Eu não tenho nada além de bons sentimentos por aqueles oito anos e meio", afirmou Lorre em entrevista coletiva na última quinta-feira (15), de acordo com a revista "People". Ele, porém, não comentou sobre a possível participação de Sheen no final.

Em dezembro, o ator criticou Lorre e disse que ele vetou sua participação na série. "Eu ganhei permissão de todo elenco, do [presidente da CBS] Les Moonves, de todos os engravatados. Mas tem um cara impedindo isso. Advinha quem", falou o ator. Quando o cinegrafista citou o nome de Lorre, Sheen confirmou e ironizo: "Devíamos fazer uma votação de quem me quer na série".

Sheen deixou "Two and a Half Men" em 2011. Em meio a sérios problemas com drogas, o ator foi internado na reabilitação durante a oitava temporada da série e criticou publicamente Chuck Lorre e CBS. Seu personagem, Charlie Harper, então foi morto. Entrou em cena Walden, um homem rico e solitário interpretado por Ashton Kutcher. Na época, Sheen chegou a processar a Warner em US$ 100 milhões, mas fechou um acordo fora dos tribunais.

Desafios do final

Lorre ainda disse que a dificuldade do final é justamente conciliar as duas fases da sitcom. "A série se transformou totalmente em outra coisa nos últimos quatro anos, em algo que amamos. Como honrar as duas [eras] é o desafio deste final, e o outro é como fazer as pessoas assisti-lo sem dizer o que vai acontecer".

Mas o saldo do final será positivo para os fãs, acredita o produtor. "Eu acho que vocês gostarão muito, muito do final e isso é tudo que irei dizer sobre isso", afirmou.

O último episódio de "Two and a Half Men" vai ao ar no dia 19 de fevereiro nos Estados Unidos.