Musical sobre Chacrinha causa comoção na estreia para convidados famosos
Ana Cora LimaDo UOL, no Rio
Era para ser uma noite de muitos risos e boas recordações, mas algumas pessoas não conseguiram segurar as lágrimas na estreia para convidados de "Chacrinha, o Musical" na noite desta quarta-feira (19), no Teatro João Caetano, no centro do Rio de Janeiro. Convidada para fazer uma participação no espetáculo, Xuxa chorou no camarim.
"Desde pequena eu queria cantar no programa do Chacrinha. Eu ainda estava lá em Santa Rosa no Rio Grande do Sul e sonhava com isso", entregou a apresentadora que não escondeu a surpresa ao ver Stepan Nercessian com as roupas, o chapéu e a buzina na cintura do Velho Guerreiro. "Ele está igual! Inacreditável", disse para a sua assessora de imprensa sentada ao seu lado na plateia.
Filho de Chacrinha e gêmeo de Nanato Barbosa, morto há uma semana, Leleco Barbosa também saiu do teatro bastante emocionado. "Passou um filme na minha cabeça nessas duas horas e meia de espetáculo. Eu não tenho palavras. Pedro Bial e Rodrigo Nogueira foram brilhantes e generosos ao contar a história do meu pai. E o Stepan está sensacional", destacou.
Quem também elogiou a atuação do veterano ator foi Fernanda Montenegro, presente entre os convidados. "Gostei demais do musical. Tudo perfeito e o Stepan está impecável no papel", comentou a atriz.
Elke Maravilha, uma das juradas e amigas pessoais de Chacrinha reforçou os elogios. "Eu fiquei muito feliz quando soube que ele tinha sido escolhido para interpretar o meu 'painho'. Ele incorporou o Velho Guerreiro com muita propriedade, com muito carinho e com muito talento", disse. Para ela, Chacrinha merecia uma grande homenagem pela importância na história da televisão brasileira e pela genialidade.
"Gênio não se explica e Chacrinha era um gênio dentro e fora do palco. Ele tinha também um coisa cada vez mais difícil na televisão: a brasilidade. Hoje em dia todos os programas são cópias dos Estados Unidos ou são direitos comprados de alguma produção estrangeira", admitiu Elke.
Diretor da TV Globo, Boninho também comentou sobre a importância de Chacrinha na televisão. " Ele era um cara supermoderno, um cara a frente do seu tempo e o seu talento faz falta em qualquer emissora. Não sei como seria o Chacrinha hoje, mas é lógico que o Velho Guerreiro teria um lugar na grade de programação da Globo", explicou Boninho que achou graça da pergunta sobre uma volta do troféu abacaxi para quem não agradar. "Até hoje se joga, se dá de presente. O Pedro (Bial) vive jogando abacaxis no 'Big Brother Brasil'", brincou.