"Menino da barraca" diz que sonha em trabalhar na TV e emociona Rezende

Do UOL, em São Paulo

  • Avener Prado/Folhapress

    "Menino da barraca" diz que quer trabalhar na TV e emociona Rezende

    "Menino da barraca" diz que quer trabalhar na TV e emociona Rezende

O menino de 15 anos que ficou conhecido como morador de uma barraca instalada em frente a um shopping de luxo em São Paulo voltou ao noticiário na tarde desta sexta-feira (7) ao declarar o desejo de sair das ruas, fazer faculdade de Jornalismo e trabalhar em uma emissora de Televisão. As palavras do adolescente emocionaram Marcelo Rezende.

"Tenho dois sonhos: o de fazer faculdade de Jornalismo e trabalhar em uma emissora de TV", relatou o menino à repórter do "Cidade Alerta".

Ele ainda imitou a voz e o tradicional bordão, o "corta pra mim", de Marcelo Rezende, e diz ser fã do apresentador do programa policial. "Assisto todos os dias", contou. "Estou travado porque é duro ver tudo isso", respondeu Rezende.

O apresentador do "Cidade Alerta" disse que acredita na necessidade de tratamento de um psicólogo ou psiquiatra, de um cuidado da saúde mental do menino. "Não se trata de um menino rebelde. Trata-se de um menino que tem uma 'desconexão', uma distância entre a idade real e a idade que ele carrega na mente, avaliou. "[Mas] ele não está totalmente desconectado da realidade, tanto é que, quando ele brinca comigo, ele sabe claramente o que eu falo. Ele tem uma conexão mais forte da realidade do que com o 'mundo da fantasia'", ressaltou.

"Ele poderia estudar para ser jornalista, poderia voltar para a casa da mãe, enfim, ter tudo o que ele sonha, desde que o nosso país não fosse tão injusto", afirmou Rezende.

Conhecido apenas pela inicial G., o adolescente, que é natural de Cachoeiras de Macacu, no Rio de Janeiro, fugiu de casa pela terceira vez em direção a São Paulo, onde passou a se "hospedar" em uma barraca em frente ao Shopping Higienópolis. A sua história foi relatada pelos jornais "O Estado de S. Paulo" e "Folha de S. Paulo".

O menino evita falar na família, disse que já foi "convidado" para trabalhar no tráfico de drogas, e passa o dia escrevendo letras de funk. 

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