Viva exibe minissérie "O Auto da Compadecida" em homenagem a Suassuna

Do UOL, em São Paulo

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    Selton Mello e Matheus Nachtergaele em cena de "O Auto da Compadecida"

    Selton Mello e Matheus Nachtergaele em cena de "O Auto da Compadecida"

Em homenagem ao escritor Ariano Suassuna, que morreu nesta quarta-feira (23) devido a parada cardíaca provocada por hipertensão intracraniana, o Canal Viva mudou sua programação entre os dias 26 e 29 de julho para exibir a minissérie "O Auto da Compadecida", baseada na obra homônima do autor e que virou filme em 2000. A Globo exibiu o longa na madrugada desta quinta-feira

Dividida em quatro capítulos, a série volta ao ar de sábado a terça às 23h no canal pago. Com Matheus Nachtergaele e Selton Mello nos papéis de João Grilo e Chicó, ela conta a história de dois sertanejos pobretões que passam a perna nos moradores de uma cidadezinha do Nordeste até que Grilo, depois de se defrontar com um temido cangaceiro, presta contas de seus atos a Cristo, ao demônio e a Nossa Senhora. Exibida originalmente em 1999 pela TV Globo, a série é dirigida por Guel Arraes e tem ainda Denise Fraga, Diogo Vilela, Marco Nanini, Fernanda Montenegro no elenco.

Durante a exibição de "O Auto da Compadecida", o "Globo de Ouro" irá ao ar apenas em seus horários alternativos no Viva: domingo às 19h e segunda-feira às 21h30. As edições de segunda e terça do "Destino Fantástico" não serão exibidas, e os episódios de "As Cariocas" e "Na Forma da Lei", previstos para segunda e terça foram programados para a semana seguinte.

Ariano Suassuna
Eleito para a ABL (Academia Brasileira de Letras) desde 1989, Suassuna escreveu mais de 15 peças teatrais e seis romances ficcionais. Ele ficou conhecido nacionalmente por trabalhos como "O Auto da Comparecida", de 1955. A história --que virou minissérie da TV Globo em 1999 e foi adaptada para o cinema em 2000-- é uma comédia dramática na qual dois pobres sertanejos nordestinos, um mentiroso e o outro covarde, valem-se de pequenos golpes e biscates para conseguir tocar a vida.

Traduzido para diversas línguas --como alemão, espanhol, inglês e até mesmo polonês--, Suassuna construiu uma obra que mescla características do modernismo, simbolismo e barroco com traços típicos da cultura nordestina, como a literatura de cordel. Elementos da região, como a improvisação, são bastante comuns em seus textos. Foi um dos criadores, em 1970, do Movimento Armorial, que mistura literatura, dança, teatro, música e outras manifestações artísticas para se fazer arte erudita a partir da cultura da região.

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