Diretor nega boatos de que Record deixará de produzir novelas
Carla NevesDo UOL, no Rio
Após boatos de que o Recnov - central de produções da Record - deixaria de existir, Anderson Souza, diretor de teledramaturgia da emissora, negou que não haverá mais produção de novelas.
"Acabamos de renovar o contrato com o Marcílio Moraes [autor] por mais cinco anos, com o Alexandre Avancini [diretor] por mais cinco anos e com o Gustavo Reiz [autor] por mais cinco anos. Não tem cabimento renovarmos contrato de autor e diretor e parar de funcionar", contou ele, durante o lançamento de "Vitória", nova novela da casa, que estreia dia 2 de junho, às 21h15.
Anderson também negou que o Recnov vai terceirizar as produções das novelas.
"Fizemos trabalhos pontuais, de séries, com produtoras independentes e vamos continuar fazendo. Mas novela é produção nossa", explicou.
Questionado se o horário e a data de estreia de "Vitória" foram pensados levando em consideração a Copa do Mundo e a concorrência com a Globo, ele disse que sim.
"Foi uma coisa que pensamos antes, tanto o horário quanto a questão da Copa. A gente está produzindo um produto de qualidade e temos certeza de que o telespectador vai nos prestigiar", disse.
Anderson afirmou não temer a competição com a concorrência. "Sempre fomos criticados pela imprensa e pelo telespectador que nossas novelas começavam muito tarde e eles não conseguiam assistir. Como faz? Tem telespectador para assistir. Vou ficar me preocupando com a concorrência? Nesse momento nós estamos nos preocupando em fazer um produto de qualidade para o telespectador da Record. O público que gosta do nosso trabalho e do nosso elenco vai assistir. Os que não quiserem vão assistir a concorrência. A gente não pode ficar se preocupando com isso", argumentou.
Ele também comentou a decisão de demitir o ator Dado Dolabella. "A imprensa já divulgou em exaustão essa questão do Dado. Chegamos ao limite. Infelizmente não deu para continuar com o contrato e achamos melhor para o elenco, para a emissora e para ele não renovar nesse momento. É lógico que não gostamos de chegar a esse ponto. Não é bom para ninguém", explicou, acrescentando que as portas da emissora não se fecharam em definitivo para o ator. "Já tivemos profissionais que saíram ou foram para a concorrência e voltaram. O amanhã é outra história".