Canal Brasil exibe mostra com oito filmes em tributo a José Wilker

Do UOL, em São Paulo

Em homenagem a José Wilker, morto no último sábado (5), o Canal Brasil levará uma mostra especial em sua programação a partir da próxima segunda, 14. Ao todo, serão exibidos oito filmes estrelados pelo ator, sempre nas noites de segunda e terça, à meia-noite e quize.

Os títulos são: "Dona Flor e Seus Dois Maridos" (1976); "Xica da Silva" (1976); "Bye Bye Brasil" (1979); "O Bom Burguês" (1979); "Bonitinha, Mas Ordinária" (1981); "Dias Melhores Virão" (1989); "Doida Demais" (1989) e "Pequeno Dicionário Amoroso" (1996).

Wilker deixou um legado com aproximadamente 30 novelas e 70 longas. Na segunda-feira, Fátima Bernardes revelou em seu programa que o ele havia disponibilizado recentemente o seu acervo pessoal com três mil DVDs para a TV Globo


Morte

O ator José Wilker, 69, morreu na casa da namorada, a jornalista Claudia Montenegro, no Rio de Janeiro, na manhã de sábado, vítima de um infarto fulminante, enquanto dormia. A informação foi confirmada ao UOL pelo produtor de teatro Cláudio Rangel. "Nós percebemos de manhã. Graças a Deus, ele não sofreu nada", afirmou Rangel.

O socorro foi chamado por Claudia, que mora em Ipanema, Zona Sul do Rio, por volta das 10h, mas os médicos não conseguiram reanimar o ator. Na noite da última sexta, o ator estava aparentemente bem, ensaiando para uma peça que ia dirigir, disse Rangel.

Wilker deixou as filhas Isabel e Mariana. Ele foi casado três vezes, com as atrizes Renée de Vielmond, Mônica Torres e Guilhermina Guinle, e namorava Claudia Montenegro há três anos.

O último trabalho do ator foi na novela "Amor à Vida", em que ele interpretou o médico Herbert. Antes disso, ele havia atuado em outra novela de Walcyr Carrasco, "Gabriela". Ao todo, Wilker atuou em 29 novelas, incluindo sucessos como "Roque Santeiro", "O Salvador da Pátria", "Anos Rebeldes" e "A Próxima vítima".

Pegos de surpresa, colegas e amigos de Wilker ficaram chocados. "O Zé é vivo ainda. Agora não adianta dizer o que fica dele. Não se pensou nisso. Ninguém pensou. Ele é muito vivo, presente, risonho, brincalhão", disse Vera Holtz ao UOL. Betty faria, Tony Ramos, Arlette Salles, Antônio Calloni e Maitê Proença também lembraram do como era a convivência com ele.

Nascido em Juazeiro do Norte, no Ceará, no dia 20 de agosto de 1944, José Wilker começou sua carreira como locutor de rádio no Ceará. Aos 19 anos, porém, ele se mudou para o Rio de Janeiro, onde começou a atuar. Um de seus primeiros trabalhos foi o filme "A Falecida", de 1965, protagonizado por Fernanda Montenegro.

Com uma extensa carreira também no cinema, Wilker atuou em 49 filmes, como "Bye Bye Brasil", "Dona Flor e Seus Dois Maridos", "Jango" e "Giovanni Improtta" - baseado em seu famoso personagem da novela "Senhora do Destino".

Na TV, atuou em mais de 30 novelas, a primeira foi em "Gabriela" (1979), como Mundinho Falcão. Em 2012, interpretou o Coronel Jesuíno Mendonça no remake da novela e ficou marcado pelo bordão "vou lhe usar".

Wilker também trabalhou como diretor, tendo sido o responsável por "Giovanni Improtta" e pelo seriado "Sai de Baixo", da Globo. Ele ainda dirigiu as novelas "Louco Amor", de 1983, e "Transas e Caretas", de 1984, assim como a peça de teatro "Rain Man".

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