Em seu 1º protagonista na TV, João Miguel dispensa dublê em cenas de ação

Carla Neves

Do UOL, no Rio

  • Divulgação/TV Globo

    Ator interpretará o honesto delegado João Macedo na série policial

    Ator interpretará o honesto delegado João Macedo na série policial

Ator premiado no cinema nacional, João Miguel vai interpretar seu primeiro protagonista na TV em "A Teia", que estreia na Globo nesta terça (28), às 23h30. O ator será o incorruptível delegado João Macedo, que vai investigar a quadrilha do bandido Baroni, vivido por Paulo Vilhena, responsável por comandar o assalto que será o ponto de partida para a trama, no aeroporto de Brasília. Feliz com a oportunidade, o ator contou que o convite para atuar na produção partiu de Carolina Kotscho e Bráulio Mantovani, autores da série policial.

 "Há dois anos, recebi um telefonema dos autores, meus amigos de longa data, fazendo o convite para a série. Tive o privilégio maravilhoso de eles terem escrito o papel especialmente para mim. Isso fez uma diferença enorme no meu trabalho de construção. Posso dizer que este é um dos personagens mais importantes da minha carreira, em questão de desafio, além de ser meu primeiro protagonista na TV depois de vários no cinema", afirmou João, que tem 21 filmes no currículo, como "O Céu de Suely", "Estômago" e "Xingu", entre outros.

Para interpretar o policial federal, que assume o caso do assalto ao aeroporto apoiado pelos agentes Taborda (Michel Melamed) e Libânio (Fernando Alves Pinto), João dispensou o uso de dublês nas cenas de ação. Tanto que a cena de estreia da série começa no ano de 2013, em Curitiba, quando na estrada, Baroni acelera seu caminhão ao perceber que está sendo perseguido pela polícia. Ele nota que o delegado Jorge Macedo está agarrado ao veículo e tenta derrubá-lo.

"A principal e mais arriscada cena que fiz sem dublê foi essa do caminhão em movimento. Mas tiveram várias outras. Não me deu medo e, ao mesmo tempo, não deixamos de ter cuidado. Sabíamos que poderia acontecer alguma coisa. Mas em uma série de ação, o personagem acaba sendo envolvido pelo clima. Pedi para fazer porque achei que era possível", afirmou ele, acrescentando que um ano antes de gravar a série fez aulas de capoeira. "Isso me ajudou a trabalhar a imobilidade, no aspecto de olhar para trás, e também fiz natação".

O ator afirmou que assistiu a seriados americanos para se inspirar, porém não ficou preso somente a isso. "Foi superinteressante, principalmente para ver a dinâmica das séries. Me entreti com o roteiro, mas fiz com total consciência do papel das séries. O Bráulio [Mantovani, autor] acabou construindo uma série excelente nesse sentido", elogiou.

João contou que não fez nenhuma preparação específica para o papel. "Não foi necessário. Isso já havia acontecido. Até porque esse personagem quase faz a violência, mas ele não é violento. Todo o processo dele de investigação é um processo de provar o crime", explicou.

  • Divulgação/TV Globo

    João Miguel contou que seu personagem é um delegado incorruptível

Ele disse, contudo, que conheceu o delegado Antônio Celso, que desvendou crimes famosos no Brasil e inspirou os autores da série. "Foi fundamental eu perceber a lógica do Antônio nas suas investigações. Isso me fez fazer um investigador brasileiro, onde ele compõe essa teia por uma lógica própria, se mistura nos ambientes, vai a campo. Isso faz uma diferença enorme. É um universo incrível. Eu tive a oportunidade de discutir e conversar com ele. Como o roteiro é inspirado, me fez visualizar, construir uma base sólida para fazer o personagem", contou.

Longe da TV desde a série "O Canto da Sereia", em 2013, onde interpretou o personagem Só Love, João afirmou que é um ator, antes de tudo, independente. "Não sou um ator contratado da Rede Globo. Sou um ator que venho do teatro. Lá é a minha base. A partir do teatro, fiz 21 filmes. E a partir dos filmes, tive excelentes convites para participar de projetos que me interessam na TV. Acho que o que me atrai é a possibilidade de me comunicar com o público em projetos de qualidade. Isso me interessa bastante", opinou.

Com direção de núcleo e geral de Rogério Gomes, o Papinha, e direção geral de Pedro Vasconcelos, "A Teia" exibirá dez episódios, sempre às terças.

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