Vilhena diz que seu personagem em "A Teia" entra no crime pela adrenalina
Carla Neves
Do UOL, em São Paulo
Paulo Vilhena será o bandido Marco Aurélio Baroni na série policial "A Teia", prevista para estrear no dia 28 de janeiro na Globo. Apesar de ser de classe média alta, entra no mundo do crime pela adrenalina, segundo seu intérprete.
"O Baroni entra para a quadrilha por um desejo de fazer parte dessa atividade e ter poder. Ele é um ser humano que existe nas ruas, um cara que tem suas características positivas e negativas", contou Vilhena no lançamento da produção na manhã desta sexta (10), no Rio.
Na história escrita por Carolina Kotscho e Bráulio Montovani, e dirigida por Rogério Gomes, o Papinha, e Pedro Vasconcelos, Marco é o chefe da quadrilha formada por nove bandidos, que invade a pista do aeroporto internacional de Brasília com duas caminhonetes e uma minivan e foge levando 61 quilos de ouro, deixando para trás a Polícia Federal complexa.
Para viver o bandido, Vilhena disse que focou na leitura do roteiro. "Quando fui escalado, o Bráulio e o Papinha já estavam em um processo adiantado de leitura. Cheguei por último. Minha maior preocupação foi ler e reler o texto, e tentar entender essa teia maluca que a Carol e o Bráulio criaram. Mergulhei nos capítulos e fui plantando as características do personagem", explicou.
Vilhena contou que, apesar de a produção ser baseada em fatos reais, ele não se inspirou em bandidos da vida real, como o truculento Marcelo Borelli, para compor Marco Baroni.
"Deixei a ficção acima da realidade. Não tive interesse em pesquisar sobre o Marcelo Borelli", contou.
Questionado se o público tende a torcer mais por seu personagem ou pelo policial federal Jorge Macedo, papel de João Miguel, Vilhena afirmou que todos os personagens são bem humanos. Portanto, ele não saberia responder.
"Existia uma preocupação em não se fazer o vilão pelo vilão", disse, dando a entender que todos os personagens da série têm qualidades e defeitos.