"É muito gostoso fazer alguém que se acha", diz intérprete de Ana Selma

Carla Neves

Do UOL, no Rio

  • Divulgação/TV Globo

    Na história, Ana Selma é irmã de Ana Fátima e Ana Rita

    Na história, Ana Selma é irmã de Ana Fátima e Ana Rita

Quem acompanha "Além do Horizonte" já deve ter notado que a autoestima de Ana Selma é inabalável. A irmã de Ana Fátima e Ana Rita, vividas por Yanna Lavigne e Mariana Xavier, respectivamente, não pensa duas vezes antes de colocar suas saias curtas e justas e sair desfilando por Tapiré. Intérprete da divertida figura, a atriz paulistana Luciana Paes, de 33 anos, conversou com o UOL e contou que "é muito gostoso fazer alguém que se acha 24 horas por dia".

"Acho a Ana Selma um barato. Escuto muito que as crianças gostam. Já ouvi mãe dizendo: 'minha filha está imitando você'. Ela tem um lugar infantil, é trapalhona. E ao mesmo tempo é autêntica, não está nem aí para o que os outros falam. Só isso já é gostoso", afirmou.

A atriz contou que, assim como a personagem, quando era adolescente, animava todos os lugares que frequentava.  

"Sempre estava contando piada, inventando alguma coisa para fazer todo mundo rir. Tinha essa potência. A Ana Selma é como uma pedra bruta. Ela tem carisma, mas não tem refinamento algum. Falta uma personal stylist, uma professora de canto... (risos). Mas ela tem o que move: esse tesão de viver, que é uma coisa que em geral o artista tem, e eu tenho", disse.

Apesar de estar no ar com um papel cômico, Luciana contou que nem sempre se dedicou ao humor.

"Quando entrei para a EAD [Escola de Arte Dramática, na USP], pensei que só fosse fazer personagens dramáticos. Até porque, eu tenho uma cara meio engraçada. Pensei: 'ninguém mais vai rir, só vou fazer coisa triste'. E fiquei um bom tempo fazendo coisa séria. Agora com a novela estou soltando tudo de volta", disse ela, que está concorrendo na categoria atriz do Prêmio Shell de Teatro de São Paulo pela peça "Ficção".

Mas desde que começou a se dedicar à carreira de atriz, em 2005, Luciana voltou-se mais para o drama. E revelou que, na verdade, o gênero que mais a encanta é o meio do caminho.

"O que eu mais gosto é deixar as pessoas confusas. Sabe quando você assiste alguma coisa e fica meio rindo e meio com dó? Algo tipo: 'quero rir, mas ao mesmo tempo não, sabe?'. Gosto de deixar esse lugar onde a pessoa pode fazer o que ela quiser com isso. Se ela quiser chorar, ela chora. Se ela quiser rir, ela ri", explicou.

Questionada se a trama da novela – que explora a busca pela felicidade – é confusa, Luciana concordou que sim, mas disse que, de uns tempos para cá, passou a notar que o público está compreendendo melhor a proposta do folhetim.

"No início, acho que as pessoas ficavam meio confusas especialmente com os personagens envolvidos no Grupo. Eram muitos mistérios. Mas agora eles estão sendo desvendados e acho que o público voltou a acompanhar mais a história, que é, na verdade, uma grande aventura. Meu núcleo, de Tapiré, sempre foi muito popular", festejou, acrescentando que torce para Ana Selma ficar famosa no fim da novela. "Também ia gostar se ela ficasse loira como a Heloísa", contou, referindo-se à famosa chef de cozinha interpretada por Flávia Alessandra.

Cenas de "Além do Horizonte"
Cenas de "Além do Horizonte"

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