Susana Vieira lembra que "A Próxima Vítima" surpreendia até o elenco
Do UOL, no Rio
Susana Vieira, que interpretou a protagonista Ana, dona de uma cantina italiana, em "A Próxima Vítima", novela de Silvio de Abreu que foi ao ar em 1995 na Globo e, é reprisada pelo canal a cabo "Viva", diz que não esperava, por exemplo, que Silvio de Abreu fosse capaz de "matar" logo no início o personagem da consagrada Glória Menezes. "Eu fiquei chocada. Falei: 'como ele mata a Glória Menezes?'. Ele conseguia dar sustos na gente", revelou a atriz em entrevista ao "Reviva", que vai ao ar na segunda-feira, 11.
Natália do Valle, que também participou da trama, no papel da ricaça Helena Braga, conta que passava por um momento difícil durante as gravações, pois havia perdido o irmão, o pai ficou doente e faleceu, e ela separou-se do marido. "Fazer a novela com aquelas pessoas e vê-la se transformar num grande sucesso, me deu muito força e me puxou pra cima, me botou com o pé no chão, segurou a minha onda, foi uma benção na minha vida", revela a atriz, que na trama, a personagem fica viúva e se apaixona pelo feirante Juca. "Um belo dia ela conhece um verdureiro, que era o Tony Ramos, e se encanta por ele, por aquela pessoa completamente diferente do mundo dela", lembra.
Já Tony Ramos considera "A Próxima Vítima" um marco: "É uma das maiores novelas de suspense que eu já fiz e que seguramente foram feitas pela televisão". Ele se lembra da expressão que Juca usava quando se referia à amada: "O autor cunhou uma expressão que era linda: a 'bonitona do Morumbi'. Era uma delícia", comenta.
Silvio de Abreu considera a obra como um dos pontos altos de sua carreira e destaca atuações que considera memoráveis. "Tereza Raquel fazendo a Francesca, excelente. Aracy (Balabanian), Yoná (Magalhães), Cláudia Ohana fazendo a Isabela Ferreto, bandida, vulgar, ordinária, foi muito, muito bem. É uma das primeiras novelas da Deborah Secco. Ela fazia "Confissões de Adolescente" e eu a convidei para a novela. O Selton Mello, par dela, já era um excelente ator ali, ele não devia ter nem 20 anos".
A história policial gira em torno de uma série de mortes e o desfecho, que revelou a identidade do assassino, foi cercado de mistério. "A gente gravou as últimas cenas apenas uma hora e meia antes de ir ao ar. Teve esse segredo", recorda Jorge Fernando, que assinou a direção geral.