"Tem vocação para a TV aberta", diz diretor sobre versão de "Gonzaga"

Carla Neves

Do UOL, no Rio

  • Divulgação/TV Globo

    Na minissérie, a trajetória de Luiz Gonzaga é entremeada por conversas dele, já mais velho (Adélio Lima), com seu filho Gonzaguinha (Júlio Andrade), que conviveu pouco com o pai

    Na minissérie, a trajetória de Luiz Gonzaga é entremeada por conversas dele, já mais velho (Adélio Lima), com seu filho Gonzaguinha (Júlio Andrade), que conviveu pouco com o pai

De terça a sexta, a Globo vai exibir a minissérie "Gonzaga – De Pai Para Filho", versão para a TV do longa de Breno Silveira. Em quatro capítulos, a produção retrata a relação do rei do baião, Luiz Gonzaga, e seu filho, Gonzaguinha. Com direção de núcleo de Guel Arraes, a minissérie é uma coprodução da emissora com a Conspiração Filmes.

Para Guel, a principal diferença entre o filme e a minissérie é a abrangência. Segundo o diretor, a versão para a TV deve atrair um público maior que o do filme, que levou mais de 1 milhão de espectadores aos cinemas.

"’Gonzaga’ é um filme que tem vocação para a TV aberta. Fala de um ícone da cultura brasileira e do nordeste, que é uma região muito querida. As chamadas, o boca a boca, quem não vê em um dia, vê no outro. A minissérie vai se realizar pela população brasileira ali espelhada", analisou.

Ele explicou que as diferenças técnicas são "relativamente pequenas". "A minissérie tem cenas extras e fizemos pequenas alterações no ritmo. Na TV ficou mais rápido", acrescentou.

Guel lembrou que não é a primeira vez que a Globo aposta nas adaptações dos filmes para a TV. "É um formato novo, o segundo ano que fazemos. Começamos com 'O Bem Amado' e 'Chico Xavier'. O público da TV não é só quantidade, mas é menos segmentado. A carreira do filme começa de novo, fica mais colado com a população brasileira, a reflete mais", argumentou Guel.

Além de cenas de arquivo, a minissérie contará com o áudio de uma antiga entrevista de Gonzagão, em que ele anuncia em um show que vai voltar a morar em Exu, sua terra natal, e cantarola "Pé de Serra".

Breno Silveira reforçou que o ritmo do filme foi reeditado para a TV. Segundo ele, a minissérie começa mais veloz. "Foi uma chance de revisitar o material, redescobrir é sempre enriquecedor", disse ele, que comentou que "é um prazer estar na televisão". "É um sonho exibir ‘Gonzaga’ em formato de minissérie. A vida dele é imensa e pegamos só um recorte do olhar do filho sobre ele".

Breno afirmou que a minissérie "vai se relacionar com o público pelo patrimônio que representa para o Brasil". "Se Gonzaga não existisse, deveria ser inventado. É um melodrama bonito, comovente, um acerto de contas carregado de afeto", elogiou.


GONZAGA – DE PAI PARA FILHO
Onde: Globo
Quando: terça (15), às 23h30; quarta (16), às 23h10; quinta (17), às 23h20; sexta, às 22h50

 

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