Balacobaco

Gay da próxima novela da Record não quer chocar, diz ator que o interpreta

Rodrigo Monteiro

Do UOL, no Rio

O ator Léo Rosa, 28, vai interpretar Breno, o personagem homossexual na nova trama da Record, “Balacobaco”. Escrita por Gisele Joras e dirigida por Edson Espinelo, a novela vai estrear no dia 4 de outubro. É o sexto trabalho importante do ator na emissora.

“O Breno não quer chocar a sociedade. Ele quer entrar na sociedade”, contou o ator para o UOL. “Ele é do tipo que convive bem com a pessoa mais fina e elegante e também com a pessoa mais simples que trabalha na padaria da esquina”, declarou.

O Breno é um cara super antenado. Ele veste agora o que todo mundo vai vestir no ano que vem

Léo Rosa, sobre seu personagem Breno

Sobre o processo de construção do personagem, o ator afirmou que tem sido bastante rico. Na entrevista, ele contou que tem lido revistas de moda, visto shows de Lady Gaga, Rihanna e Beyoncé, ido a cafés, a boates e frequentado lugares específicos do público gay assumido do Rio de Janeiro, como o posto 8 de Ipanema.

“Coloco o personagem aonde ele iria, estando em situações diferentes pra mim, pensando em como o Breno agiria. Estou trabalhando com Sérgio Penna, que está me ajudando muito nesse trabalho. A brincadeira de laboratório está sendo ótima. Nunca fiz nada parecido na TV”, disse.

Léo Rosa ganhou seu primeiro grande papel na Record, em 2006, na novela “Vidas Opostas”, quando viveu o personagem Miguel. Depois, vieram o João, de “Amor e Intrigas” (2007); o Nestor, em “Promessas de Amor” (2009); e, ainda nesse ano, o príncipe Absalão, em “Rei Davi”.

  • Michel Angelo/ Divulgação Record

    O ator interpretou o príncipe Absalão em "Rei Davi"

“É a primeira vez que eu faço um personagem mais próximo do humor na televisão. O drama se faz pra dentro, mas a comédia é pra fora, muito pra fora. O Breno é um cara super antenado. Ele veste agora o que todo mundo vai vestir no ano que vem e isso porque ele lê as revistas de moda da europa, de Nova Iorque, corre atrás do que está em voga no primeiro mundo. Ele é alguém que se preocupa demais com o olhar do outro, com a aparência estética, com o lado positivo da futilidade.”

 

Em 2013, o ator gaúcho completará dez anos desde que chegou no Rio de Janeiro. O ator veio da cidade de Cachoerinha, na região metropolitana de Porto Alegre/RS. Esse é um ponto que ele tem em comum com o Breno.

“O Breno vem do interior pra cidade grande, pro Rio de Janeiro, pra vencer na vida. Quer achar um emprego, ser alguém, ser conhecido, estar nas altas rodas, mas não é um cara esnobe. Ele é do bem. Depois de muito procurar, ele consegue um emprego na produtora de eventos de Celina (Ingra Liberato) e, a partir daí, começa a fazer contatos que tenham o glamour que o personagem almeja. Um exemplo é a Catarina (Joana Balaguer), uma modelo internacional que vem de Nova Iorque. O Breno vai fazer de tudo para se enturmar com ela”, antecipou.

O personagem deverá ter trânsito livre em todos os núcleos da novela, desde os mais pobres até os mais ricos da trama.  No início, ele vai morar com Patrick, personagem de Thierry Figueira.

“O Thierry (Figueira) faz o Patrick, que é um personagem que quer ser ator, apresentador de TV. O que a gente sabe é que o Patrick é um cara sensível, mas a orientação sexual dele é um mistério. A gente, eu e o Thierry, torce para que role uma coisa entre o Breno e o Patrick. Ia ser divertido”, declarou.

O filme “Faroeste Cabloco”, que estreia no ano que vem, dirigido por René Sampaio, conta com Léo Rosa no elenco. O ator também está no elenco da peça teatral “Ser-Tão”, escrita por sua esposa, a atriz Natália Lima Verde. Será o quinto espetáculo teatral do currículo do ator, que já conta com “Mundos por Descobrir (2006, dirigido por Hamilton Vaz Pereira), “No Tempo do Guaraná com Rolha” (2006, Bemvindo Sequeira), "Escola de Molieres" (2010, Amird Haddad) e “Bodas de Sangue” (2009, Amir Haddad).

 

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