Série "Desperate Housewives" termina neste domingo (3), saiba o final das donas de casa

Do UOL, em São Paulo

O episódio final da última temporada da série "Desperate Housewives", que atraiu mais de 11,1 milhões de espectadores nos Estados Unidos em 13 de maio, será exibido neste domingo (3) no canal pago Sony, a partir das 18h. Misto de drama e humor negro, o programa, que começou em 2004 e durou oito temporadas, deu às suas queridas donas de casa o final feliz que os fãs esperavam. 
 
"Desperate Housewives" termina com o julgamento de Bree (Marcia Cross), acusada injustamente de ter matado o padrasto de Gabrielle Solis (Eva Longoria), que a estuprou quando ela ainda era uma criança. Quem praticou o crime, na verdade, foi o marido de Gabi, Carlos (Ricardo Chavira). Para que ele não fosse preso, Gabi, Bree, Susan (Teri Hatcher) e Lynette (Felicity Huffman) ocultam o cadáver no primeiro episódio, o que se torna o mote principal dessa temporada.
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O final feliz das personagens foi quase óbvio: Lynette volta com o marido Tom (Doug Savant) e se muda para Nova York; Carlos e Gabi terminam felizes e briguentos como foram durante toda a série, enquanto Bree fica com o advogado que a defendeu no caso do padrasto de Gabi, muda-se para o sul e entra na política local.
 
Susan Delfino é quem ganha o final mais agridoce da história. Após a morte de Mike (James Denton), ela sai do subúrbio americano para viver com a filha mais velha e ajudar a criar a neta, que se torna o link eterno entre ela e Lynette. 
 
Quase todos os personagens da série que foram mortos durante os oito anos em que o programa ficou no ar aparecem para um último adeus e a falta da atriz Nicollette Sheridan é sentida neste momento. Após um processo conturbado contra Marc Cherry, Sheridan não voltou a aparecer dos mortos, fato comum em flashbacks que aconteciam no programa.
 
 
 
O destino das atrizes
 
As quatro atrizes principais da trama se tornaram as mulheres mais bem pagas da TV norte americana, com um salário de US$ 400 mil por episódio da série, segundo a revista TV Guide. O futuro de cada uma após o final do programa, no entanto, é variado.
 
Felicity Huffman (Lynete Scavo), que já tinha uma bela carreira antes da série, está com a agenda de trabalhos cheia, começando pelo projeto dirigido e co-estrelado por seu marido William H. Macy, o drama “Rudderless”, que já está em pré-produção. “É bom ter um emprego de longo curso, eu entendo”, ela disse. “Eu adoro este trabalho e adoro vir para o set todos os dias quando estamos filmando. É uma benção. Mas também é um trabalho árduo, e ninguém dá mais duro que o Marc.”
 
De todas as quatro, Eva Longoria (Gabrielle Solis) é quem tem mais planos pós-Housewives: além do seu restaurante Beso – que, apesar de estar na moda desde a inauguração está passando por dificuldades financeiras – Longoria tem quatro novos filmes com estreias marcadas para este ano e 2013: o drama de guerra “Cristiada”, a comédia de ação “Baytown Disco”, o drama “Long Time Gone” e o thriller “The Truth”. “Eu estou triste mais por saber que não vou ver minhas colegas e a equipe, mas há tempos venho planejando ter mais tempo para mim e investir mais no trabalho em cinema.”, Longoria disse. “Temos que estar sempre crescendo e mudando, não é?”
 
Marcia Cross (Bree van de Kamp) fez uma ponta no estranhíssimo “Bringing Up Bobby”, um filme super-independente dirigido por Famke Janssen (a Jean Grey da série “X-Men”). E não tem mais planos além disso. “(O fim) é muito dificil.”, ela disse. “Uma parte de mim pensa 'não, não pode ser verdade, alguém tem que aparecer e mudar isso'. Outra parte pensa no velho ditado de que quando uma porta se fecha, outra abre. Nem sempre eu me sinto motivada, criativamente. Esse é o problema de uma série longa, nem sempre o foco é em você ou você não gosta, necessariamente, da direção que está sendo tomada.”
 
Teri Hatcher (Susan Delfino) não tem coisa alguma em sua agenda. Mas, de certa forma, pode ser a única Housewife a realmente estar pronta para o fim: “Eu sempre pensei no que aconteceria depois da série. Principalmente depois de cada episódio importante para Susan, minha personagem. Todo ator pensa assim. Todo ator sabe que este pode ser seu último trabalho. Tenho uma boa cabeça para negócios e sempre vi meu trabalho como uma empresa. Estou sempre planejando, controlando os gastos, antecipando o que pode dar errado"
 
A arte imita a vida
 
O tom triste do último episódio se refletiu na vida real. Na última sexta-feira (1º/6), a atriz Kathryn Joosten, que interpretava a irônica e rabugenta Karen McCluskey morreu aos 72 anos devido a um câncer de pulmão, o mesmo motivo que a levou à morte no final da série.
 
Vencedora de dois prêmios Emmy pelo papel (um em 2005 e outro em 2008), a atriz era ex-fumante e já tinha lutado contra um câncer no pulmão em 2001. Em 2009, enquanto se preparava para gravar a quinta temporada de série, recebeu dos médicos a notícia de que seu câncer voltara.
 
A senhora McCluskey era uma personagem coadjuvante na trama, mas devido ao tom sarcástico dado pela atriz ao papel, acabou ganhando mais destaque. Sua participação foi crucial no fim da trama. Sofrendo de um câncer terminal na série, a personagem confessa um crime que inocenta mais de um personagem.
 
Quando foi convidada a integrar o elenco de "Desperate Housewives", Kathryn Joosten fez o roteirista Marc Cherry prometer em público que ele não a mataria, pois já havia sido "morta" em "The West Wing". A promessa foi mantida até o final da última temporada. Segundo reportagem da "Entertainment Weekly", o roteirista Marc Cherry resolveu quebrar a promessa e preparou o final emblemático para a personagem, não sem antes consultá-la.
 
“Marc veio até mim e disse: 'Eu sei que prometi não matá-la, mas é o fim da série... Você se importaria se a gente colocasse a história do seu câncer?' Minha resposta foi: 'Não, eu acho que é uma boa ideia. Eu já estava preparada para qualquer dessas porcarias de fim de novela mesmo...' Óbvio que todos caimos na gargalhada!"

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