Muito triste: TV Cultura está à beira do caos
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Preocupa muito a situação da TV Cultura. E agora não se trata mais de achar culpados ou querer tocar de lado, porque o seu estado é desesperador.
Mais do que nunca este é o momento de se tomar decisões certas e que acabem por colocar em prática um longo processo de recuperação.
Em todos esses anos, o que se viu e ouviu na troca dos vários presidentes da Fundação Padre Anchieta foi sempre um responsabilizando o outro pelos erros administrativos cometidos e que já se estendem há várias décadas.
E nada, rigorosamente nada foi feito, além dessas inócuas acusações ou dos discursos esvaziados, que nunca tiveram efeito prático nenhum.
A Cultura tem que, definitivamente, deixar de viver de favores e montar uma estrutura que realmente funcione.
E isto só irá acontecer se a sua direção arregimentar verdadeiros profissionais para diferentes funções. Não pode existir mais em seus interiores espaços para cabides de emprego ou funcionários fantasmas, como sempre existiram.
Hoje, na Cultura, o que mais falta é cultura. A sua grade é de uma pobreza absoluta. O que existe de bom é o que sobrou do passado.
Por que não estimular programas, como aquele de calouros de música clássica? Iniciativa do Júlio Medaglia. Muita gente boa saiu dali para o mundo.
Foco diferente
A Cultura precisa experimentar mais, promover oficinas de atores, cenógrafos e verificar o que o público quer assistir numa TV com essas características. E que não tem compromisso com audiência.
São algumas sugestões. Mas existem zilhões de outras no esporte, dança, artes plásticas etc. A única preocupação que deve existir é com o conteúdo. Bom conteúdo.
*Colaboração José Carlos Nery
Flávio Ricco
Jornalista, passou por algumas das mais importantes empresas de comunicação do país, como Tupi, Globo, Record e SBT. Dirigiu o "Programa Ferreira Netto" e integrou a equipe do "SBT Repórter". Escreve sobre televisão desde 2003. Email: colunaflavioricco@uol.com.br.