Marco não é homofóbico e apoia adoção por gays, diz mulher do teólogo
Do UOL, em São PauloA conversa de Adrilles, Marco, Mariza, Fernando e Aline sobre união entre pessoas do mesmo sexo e adoção de crianças por casais homossexuais na tarde de quarta-feira (4) repercutiu fora da casa do "BBB15", gerando protestos de telespectadores a respeito da opinião dos brothers. Depois de ver diferentes interpretações a respeito do que Marco disse sobre o assunto, a mulher do teólogo, Karina, afirmou ao UOL que ele não é homofóbico e é a favor da adoção de crianças por homossexuais "porque primeiro de tudo vem o amor".
Na conversa, Marco disse: "A adoção de crianças [por casais homossexuais] vai de caso para caso. Não é o ideal, mas é melhor que ficar em um abrigo. O ideal seria uma família formada por um homem e uma mulher, mas se chegam dois homens ou mulheres dispostos a tirar uma criança de um abrigo, por que não?".
Ao UOL, Karina afirmou que nem ela nem o marido são contra adoção de crianças por casais homossexuais, como foi interpretado por parte do público do reality. "Ele é a favor [da adoção por homossexuais], porque primeiro de tudo vem o amor e ele acredita que uma criança terá muito mais oportunidades na vida de crescer sendo criada por qualquer tipo de família do que dentro de um abrigo. Mas que o ideal de família, dentro da igreja católica, é homem, mulher e filho", defendeu.
Karina destacou ainda que o casal tem três filhos em casa e que a família sempre conversa sobre o assunto. "Mesmo a nossa família não está dentro de um ideal, porque fui casada por nove anos com uma pessoa com quem eu tive dois filhos. Me separei quando meu filho menor tinha 30 dias e logo em seguida iniciei o namoro com o Marco e ele assumiu meus filhos e os ama como se fossem dele", contou. "Temos três filhos homens dentro de casa e vamos passar para eles o nosso ideal como cristãos católicos, de pai, mãe e filhos", concluiu.
Sobre casamento entre homossexuais, Karina reforçou a opinião do marido: "Ele falou o posicionamento dele e da igreja em relação a casamento entre homossexuais. Ele não é contra casamento de homossexuais, até por uma questão de a pessoa construir a vida com a outra, ter os seus bens e depois. Se acontece de uma pessoa morrer, ela sai desse casamento sem nada. O que ele é contra é em relação ao casamento de homossexuais na igreja, como homem e mulher, de véu e grinalda. Isso sim ele é contra", concluiu, ressaltando que Marco não é homofóbico. "O homofóbico deseja o mal para um homossexual e não aceita alguém que tenha uma opinião contrária a deles. Nós héteros é que nos tornamos alvo em relação ao preconceito", esclareceu.
"Grande jogador"
Karina também comentou a participação do marido, apontado como um dos principais jogadores até agora, e a forma como ele é retratado pela edição do programa.
"Marco é um grande jogador, foi campeão brasileiro de pôquer. É muito inteligente, perspicaz e, lógico, vão querer eliminá-lo o mais rápido por isso. Muitas pessoas, e acho que a Globo, distorcem os fatos. Percebo que um grupo é mostrado como vilão e o outro como bonzinho. Ali, na realidade, não tem bonzinho. Todo mundo está jogando. É hipocrisia dizer que quem está ali e não está jogando", analisou.
"Todos jogam e todos falam [sobre votação], mas a edição mostra quem eles querem. É esse tipo de coisa que eu acho que é distorcer. Às vezes acho que são injustos, e outras acho que não. Não estão seguindo muito uma linha, estão revezando", destacou.
Para Karina, quem joga bem é "o inteligente", não "o vilão". "Se é assim, estamos em uma casa com 12 vilões, porque estão todos jogando. Até quem diz que não está jogando e se faz de ingênuo está jogando. A exemplo do Cézar, que estudou 11 anos o 'BBB' para entrar e vem criando esse personagem por 11 anos", avaliou.