Max Porto: 15ª edição tem "BBBombas", homens e mulheres prestes a explodir

Está cada vez mais nítido para mim que a seleção deste "BBB" foi totalmente focada em colocar dentro da casa pessoas com perfis extraordinários, como sempre, mas acima de tudo com temperamentos delicados e sensíveis ao estresse.

Quando começaram a rolar os anúncios como "prepara-se para o melhor BBB de todos os tempos" e "o BBB volta às origens", confesso que fiquei megacurioso. O programa começou e demorei a entender de que forma isso aconteceria, pois estava testemunhando mais do mesmo. Até que, nas últimas semanas, começaram a rolar discussões inflamadas por conta de situações totalmente corriqueiras que passariam batidas se os envolvidos não fossem sensíveis a pressão
 
Claramente, a volta "volta às origens" está por conta do direcionamento do nosso reality show favorito. Nos últimos anos, todos os esforços por parte da direção se concentravam em entreter você na sua casa. Quase tudo era feito no intuito de engrandecer o espetáculo, atrações, convidados, shows, saídas da casa com provas espetaculares e passeios megabacanas. Antes da estreia, a produção anunciou que este ano seria diferente. E por quê? Nas primeiras edições, na origem do "BBB", não havia nada disso. O foco eram os personagens principais, suas diferenças, seus conflitos pessoais e com os outros e, acima de tudo, o combate e resistência às diferenças do próximo
 
Fico imaginando como devem ter sido as dinâmicas de grupo durante o processo seletivo. Surtou por nada, tá dentro! Pirou na primeira situação adversa, bem-vindo!
 
Destaco como exemplo o bate-boca entre Rafael e Adrilles no fim de semana. "Não coloca minha mãe no meio", típica briga de ginásio. E o "barraco" protagonizado no domingo entre Marcos e Talita durante o programa ao vivo, com direito a pausa do Bial para que o Brasil pudesse "espiar" o circo lá dentro que se originou por conta da segunda participação seguida de Marcos no castigo do monstro. 
 
Com tão pouco tempo de programa, a turma lá dentro já esta totalmente desgastada. Vale destacar que não chegou a um mês de "BBB15", e é exatamente após o primeiro mês que os fatores "privação" e "tédio" começam a minar sua resistência. Vejo dentro do jogo além de kamikases, homens e mulheres bombas. Aliás, bombas-relógio! Entre eles, também estão Angélica, Fernando, Amanda e Tamires. Vale destacar que esses barracos seriam potencializados se ainda estivessem na casa Francieli e Douglas, pois ambos possuíam um "timer" em contagem regressiva na cabeça.  
 
Com tantos perfis explosivos e diferenciados dentro daquela casa, muito em breve nossos homens e mulheres "BBBombas" devem começar a se autodetonar, causando consequências devastadoras dentro da casa, e finalmente o povo vai ter aquilo que eles consideram ser o fator de sucesso ou não de uma edição: barracos! 
 
Embora discorde disso, afinal existem outros valores muito mais bacanas que podem prender a atenção do público, não adianta. Faz anos que ouço comentários do tipo "o BBB não tem a mesma graça de antes, só gente bonita e nenhum barraco" ou "esse povo é muito morto, ninguém briga". 
 
Parece que a produção resolveu ceder ao clamor popular e voltou a usar a mesma fórmula do primórdios do "Big Brother Brasil". Não me espantaria se neste ano o "BBB" entrasse na história por ser o primeiro a ter uma expulsão por agressão física.  
 
Você pode estar pensando agora "o Max esta viajando"! Eu não tiro a razão de vocês, mas eu sei como é desesperadora e sufocante sensação de estar lá confinado, só venci porque soube suportar todas as provações e privações com um único propósito, minha missão primordial: nunca agredir o próximo, mesmo que verbalmente, pois sempre tive plena consciência de que a primeira derrota é descontar no próximo. Me parece que a turma lá dentro não esta muito preocupada com isso.
 
Como sempre afirmo, o "Big Brother" é um jogo de teste de limite de paciência. Quem surtar por último vence. No caso deste "BBB", ganha quem explodir se autodetonando ou não se ferir gravemente com um explosão alheia, salvo dentro do seu próprio abrigo antibombas!
 
Até o próximo texto, turma!