Ao superar o quarto paredão seguido, o estudante de direito confirmou a popularidade conquistada entre os fãs do programa. O seu mérito não é pequeno. 

 

Ao longo destes mais de 60 dias, Cézar poucas vezes foi privilegiado por Mr. Edição, como outros participantes foram e ainda são. É verdade que alguns VTs ajudaram a consolidar a imagem de simplório do candidato, o que atrai compaixão, mas não vi nenhuma manipulação maior a seu favor no programa.

 

A verdade é que, tirando os discursos em votação, as cenas à la Kleber Bambam e as caretas na academia, sobra pouco de Cézar para Mr. Edição explorar. O seu estilo, refinado desde o "BBB1", como bem lembrou Bial nesta terça-feira (24), combina vários perfis bem-sucedidos na história do reality show.

 

Eu diria que Cézar é um "cowboy planta". Entendeu que deve manter uma postura de pouca participação, independência, evitando todas as articulações, com um jeitão de caipira, que transmite ao público a imagem de ingênuo e bom.

 

Mariza, como Mr. Edição exibiu, era o oposto, em todos os sentidos. Foi uma participante que se envolveu nas mais variadas confusões, mas mostrou um perfil original, surpreendente. Inteligente, divertida, irritante, enfim, uma figuraça.

 

A opção do público por Cézar faz sentido, ainda que não seja original. Ao contrário, mostra um padrão. O estudante é um tipo que já foi visto várias vezes no "BBB", quase sempre com o apoio dos espectadores.