Irmão compara Felipeh a manada de elefantes e diz que faltou sutileza

Felipe Pinheiro
Do UOL, em São Paulo

Felipeh Campos foi eliminado em sua terceira roça, disputada com Léo Rodriguez, na noite de quinta-feira (14) em "A Fazenda 7", mas, na opinião do irmão, o organizador de eventos esportivos Hilton Campos, quem perde com a saída do polêmico peão é o reality da Record. Em entrevista ao UOL, ele afirmou que a atração perdeu o tempero, a pimenta que trazia audiência para a emissora. 

"Você, por exemplo, não vai parar de assistir ao programa agora? As pessoas vão parar de dar risada sem o Felipeh. Ele tinha essa função. O programa vai ficar chato, muito chato. Me fala um que tem capacidade para fazer o que ele fazia?", questionou.

À moda Felipeh Campos, disparou alfinetadas para exemplificar que nenhum dos peões conseguirá suprir a ausência do jornalista: "A Bruna Tang é muito perspicaz, mas não vai entrar em saia justa. Não vai sair tirando sarro, dando risada. O DH não fala nada com nada. O moleque diz que escuta música internacional porque de nacional só tem lixo. Não conhece Tom Jobim e vários outros exaltados no mundo. MC Bruninha nem gostosa é pra ser MC. Babi [Rossi] é burra e é curta de ideia. A Sorvetão é inteligente, mas não vai querer se indispor com os outros. Marlos e Débora vamos dar risadas só se for com as DRs deles".

Orgulhoso da participação do irmão, o organizador de eventos tem uma explicação para a preferência notável do público pelo sertanejo, que ficou no jogo com 82, 27% dos votos. "Acredito que ele [Felipeh Campos] perdeu para quem vai ganhar [A Fazenda]. O Leo vai ganhar, com certeza. O Leo é um menino muito bom e pela enquete do UOL vimos que o Felipeh estava em desvantagem", apostou.

Ao lado de Britto Jr., Felipeh considerou como fator principal para sua eliminação o comentário que fez sobre Pepê e Neném, no qual criticou o modo como elas se vestem. "Esse figurino de motoboy me incomoda um pouquinho", disse, causando indignação nos peões. Hilton defende o jornalista, dizendo que ele não falaria algo contra a classe de motoboys.

"Ele não foi preconceituoso porque sabe que eu já fui entregador de pizza e motoboy, para poder pagar a faculdade e ajudar a sustentar a família. Ele não falou de forma pejorativa da Pepê e Neném, mas do estilo delas. Ele era fã da Pepê e Neném. Elas tinham um outro estilo de se vestir, se apresentavam de longo... até pela opção sexual, elas querem chocar", analisou.

 

Elefante com pantufas

Hilton descarta o rótulo de grande vilão ao irmão, e diz que, esta edição, foi marcada por "figurões", como Diego Cristo, Oscar Maroni e o próprio Felipeh Campos.

"O maior vilão [de todas as edições de "A Fazenda"] foi o Dado Dolabella e ele ganhou a Fazenda. Agora não tiveram vilões, mas pessoas inconvenientes, figuras. Grandes vilões não fazem amizades", considerou.

Ele diz que pretende "puxar a orelha" do irmão e dizer por que ele perdeu a briga pelo prêmio dos R$ 2 milhões. Segundo Hilton, o jornalista poderia ter vencido o reality sem com isso ser menos polêmico. "Acho que ele poderia ter sido venenoso, mas sutil. Poderia ter sido um elefante de pantufas numa loja de lustres. Mas ele entrou como uma manada e destruiu todos os lustres de cristal", comparou.

Vulnerável após a morte da mãe

Reprodução/Record
Irmão de Felipeh Campos acredita que a amizade do jornalista com Leo Rodriguez vai continuar após "A Fazenda"
Felipeh Campos soube por um telefonema, que ele recebeu no dia do enterro da mãe, em dezembro de 2013, do interesse da produção de "A Fazenda" em tê-lo no programa .Em virtude da  perda recente, Hilton acredita que o irmão entrou vulnerável no reality.

"Ela [a mãe] era fã da Fazenda e toda vez que o programa começava perguntava se ele iria entrar. 'Você não foi chamado, Felipeh?', dizia. O Felipeh ficou sete meses deprimido, tanto que engordou 20 quilos. Me ligava de madrugada chorando, até porque iria para um lugar que ela gostaria de vê-lo. Isso mexeu muito", contou.

A morte da mãe, supõe Hilton, influenciou o jornalista, dono de uma língua afiada, a criar discórdias que poderiam ser evitadas em alguns momentos. "Ela era o nosso porto-seguro. Muitas vezes, acredito que ele tenha atacado os outros porque pensou, 'não devo nada a ninguém, a pessoa que mais me importava faleceu'. Mas a amizade com o Leo fez ele melhorar bastante, e ele começou a ficar mais manso", declarou.