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09/01/2011 - 08h00

Luli Miller analisa sua misteriosa personagem em "Sansão e Dalila"

PopTevê

Gravar em locação a céu aberto tem suas dificuldades. Ainda mais quando se está em meio a uma ventania de areia e forte calor. Foi nessas condições que Luli Miller fez algumas de suas cenas na pele da Jana, de "Sansão e Dalila". A atriz passou duas semanas no Rio Grande do Norte, com parte do elenco da minissérie da Record. A ideia era fazer com que as praias locais, com suas imensas dunas, parecessem um deserto, já que a história se passa no Oriente Médio. Por isso mesmo, Luli teve de lidar com as adversidades do tempo para dar continuidade às suas sequências. "Era muita areia nos olhos. Ficava duas horas no sol, calor o dia todo", conta. Por outro lado, o clima do Nordeste serviu justamente para fazer a atriz entender melhor a personagem. Principalmente, os trajes usados na época. "É legal vivenciar isso. Você percebe que aqueles panos todos eram para proteger da areia e do vento", conta.

Na trama, Jana é uma cortesã do palácio de Gaza. Bonita e misteriosa, guarda um segredo em relação ao seu passado que só é revelado na metade da minissérie. Mas quem sabe da informação confidencial é Taís (Karen Junqueira), a vilã da história que também é cortesã. Por causa disso, Jana passa a ser chantageada e é obrigada a ser cúmplice das armações feitas contra Dalila (Mel Lisboa). "Minha personagem é do bem. O que acontece é que por causa desse segredo ela acaba transitando entre os dois povos: os hebreus e os filisteus", explica. Quando Dalila descobre o segredo, Jana ganha sua proteção dentro do palácio. Além disso, faz o tipo retraída e é vista como a mais contida do grupo das cortesãs. "Brinco dizendo que ela é a única cortesã que não pega ninguém. Parece que Jana carrega uma culpa e a gente só vai entender isso depois", despista.

Para interpretar esta mulher sedutora e recatada, Luli participou de uma série de "workshops" com o elenco. Frequentou aulas de história, de dança e contou com o auxílio da preparadora de elenco Maria Silvia. Os encontros com a profissional, foram importantes para que Luli compreendesse a postura de uma cortesã na época. "Serviu para que todas fizessem uma mesma leitura do que era uma cortesã e de que maneira elas seduziam", conta. A caracterização também complementou o processo de composição do papel. Sempre com tecidos suaves, o figurino deixa o corpo bem desenhado e a barrigua à mostra. Já os cabelos ganharam comprimento e volume. As novas madeixas, aliás, pesam e dão mais trabalho na hora de cuidar. Por essas e outras, Luli sente falta de seu visual de antes, com os fios naturais, em tamanho médio. "Não vejo a hora de ter meu cabelinho de volta. Mas o aplique ajuda porque ter cabelos longos faz parte da personagem", explica.

Com um pouco mais de três anos de carreira na TV, Luli se diz satisfeita com os trabalhos em que atuou e prefere não eleger um deles como o mais marcante. "Acho que fui feliz em todos", comemora ela, que estreou em "Paraíso Tropical", exibida pela Globo em 2007, interpretando Gilda. Depois, e na mesma emissora, fez "Queridos Amigos", "Faça Sua História" e "Paraíso". Ainda sem um próximo trabalho na Record definido, Luli deseja atuar no cinema e no teatro. "Estou começando minha carreira, tenho pouquinho tempo. Existem propostas de cinema, mas nada definido", conta.

(Por Luana Borges)

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