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16/10/2006 - 19h21

Record desiste de novela de época às 18h e inaugura faixa jovem

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Há cerca de dois anos, quando inaugurava o primeiro horário de novelas com "Escrava Isaura", a direção da Record prometia mais duas faixas dedicadas à teledramaturgia. Inicialmente, o horário das seis seria destinado às produções de época.

Neste período, mudaram as diretrizes. Motivada pelos índices de audiência obtidos pelas novelas das sete e das oito, e ainda pela necessidade de formar um "casting" próprio, a emissora abandonou a idéia de apresentar tramas mais formais, e, a partir desta terça (17), finalmente inaugura o horário com uma história leve, colorida e, acima de tudo feita por jovens e para jovens.

Com o custo de cerca de R$ 65 mil por capítulo, "Alta Estação" pretende inovar a linguagem dos folhetins ao tirar de cena os vilões. "Nem todo mundo é bom ou ruim. Não faço uma trama maniqueísta", justifica Margareth, que se inspirou nos enlatados "Friends", "Felicity" e "The O.C.", para montar sua própria história. "Sou fã desses seriados. Mas fazer um deles por dia realmente dá trabalho", confessa.

"Alta Estação" - que perdeu o ótimo título "E Aí?" por "questões estratégicas" -, é um misto dos sitcons americanos com a estrutura de "Malhação", da Globo. Ainda que a comparação com a concorrente não agrade. "A história não tem um casal protagonista, os jovens estão numa fase pré-adulta com conflitos muito distantes da adolescência", desconversa Hiran Silveira, diretor de teledramaturgia da Record.

Divulgação

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As amigas Bárbara, Flávia e Renata dividem um apartamento no Rio

As semelhanças, no entanto, são visíveis. "Alta Estação" também terá longas temporadas, mudando o elenco no prazo de um ano. "A princípio, começamos com a estrutura mais enxuta. A medida que as histórias forem se desenvolvendo vamos sentir a necessidade de colocar mais atores na trama", diz Margareth Boury, autora da novela.

Por enquanto, rostos desconhecidos misturados a poucos veteranos, como Cláudia Alencar, compõem o elenco de 15 pessoas. "É uma oficina de novos atores. Temos de formar mão-de-obra própria", justifica Walter Zagari, superintendente comercial da emissora.

Nesta espécie de "celeiro artístico", está Ariela Massoti como Bárbara. Apesar de não figurar como atriz principal, é ela o fio condutor da trama no primeiro instante. Disposta a correr atrás de Eduardo, o amor de juventude, interpretado por Daniel Aguiar, a mocinha larga a faculdade de Medicina e sai de Minas e vai estudar biologia no Rio de Janeiro. "Também saí de casa para tentar a carreira de modelo em São Paulo. Temos a coragem e a determinação em comum", diz a atriz, que estreou em "Bang Bang".

Ao chegar ao Rio, a primeira decepção: Eduardo sequer lembra seu nome. "Ele é muito sedutor e quer curtir a vida. Não sabe dizer não a uma mulher", descreve o ator, que faz sua primeira novela. Correndo por fora está Ricardo, de Vergniaud Mendes, um veterano na faculdade que, de cara, se encanta pela bela mineirinha. "Ele é muito do bem. Amigo, justo. Estou muito ansioso para estrear", diz.

Além do triângulo amoroso, um outro trio promete colocar mais pimenta na história, com toques de humor. Flávia (Lana Rodes) e Renata (Andréa Horta) dividem o apartamento com Bárbara. O local será muito freqüentado por Caio (Guilherme Boury). Enquanto Lana vive atracada com os rapazes da faculdade e canta num bar, Renata é uma perfeccionista, quase neurótica com organização. "Cada um tem sua própria personalidade, o que no final dá homogeneidade. Estamos aqui para fazer comédia", observa Andréa.

(Carolina Marques)

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