Datena promove diálogo tenso ao vivo com acusado de esquartejar tia

Do UOL, em São Paulo

José Luiz Datena promoveu um diálogo tenso com o ex-skinhead Guilherme Lozano Oliveira, de 22 anos, acusado de matar e esquartejar a tia, em São Paulo. Datena pediu para falar diretamente com Oliveira, sem a interferência de repórteres.

"Ele está ouvindo a televisão? Ele está me ouvindo? Então, vou perguntar logo na 'buxa', se você matou e esquartejou a sua tia, não deve ser um cara normal", disparou o apresentador. Cabisbaixo e algemado, Guilherme devolveu. "Não quero mais conversar com o senhor. Não quero mais dar entrevista", disse ele. "Para dizer a verdade, Guilherme, nem eu quero conversar com você. Se você for um cara normal e matou a sua tia desse jeito, nós teríamos que perder a paciência um com o outro. Se você cortou a sua tia, deve ser um assassino terrível. Se você tem problemas, aí precisa ser internado no manicômio e ficar lá até ser curado. Agora não entendi porque se soltou um cara que é capaz de esquartejar. Sinceramente não entendi", desabafou. "Deve ser doidão, porque ninguém corta ninguém e coloca na geladeira", encerrou.

Nesse momento, Oliveira deixou a sala da delegacia onde estava à disposição da imprensa para entrevistas.

Fichado na polícia como skinhead e neonazista, o lutador de jiu-jítsu Guilherme Lozano Oliveira matou a tia Kely Cristina de Oliveira com um golpe chamado mata-leão - o braço em torno ao pescoço imobiliza e sufoca a vítima. Depois, esquartejou a mulher de 44 anos, retirou as prateleiras da geladeira e lá escondeu o corpo. Tudo isso há dois meses. Só na quarta-feira, 5, seu pai desconfiou do sumiço da irmã e chamou a polícia. Guilherme ainda tentou fugir, mas acabou preso.

Aos policiais militares que o detiveram, o acusado confessou o crime. "Estou arrependido", disse. A Justiça decretou sua prisão por homicídio, por ocultação de cadáver e por desobediência, em razão da fuga.

Não foi a primeira vez que o lutador foi parar na cadeia. Ele passou oito meses atrás das grades em 2011, depois de participar de uma emboscada de skinheads contra punks e de matar a facadas um dos rivais: Johni Raoni Galanciak. O crime aconteceu na frente do Carioca Club, em Pinheiros, zona oeste . Acabou solto pela Justiça. Condenado a 15 anos, apelou da sentença e aguardava o julgamento do recurso em liberdade.

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