Juiz libera crianças para apresentar o "Bom Dia & Cia"
Do UOL, em São Paulo
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Reprodução/Facebook/Matheus Ueta
Matheus Ueta e Ana Julia voltam a apresentar o "Bom dia & Cia"
Quase duas semanas após vetar Matheus Ueta e Ana Julia de apresentar o "Bom Dia & Cia", o juiz Flavio Bretas Soares reconsiderou a sua decisão e concedeu um novo alvará para que as crianças voltem a trabalhar na televisão.
Segundo a assessoria de imprensa do SBT, Matheus Ueta e Ana Júlia voltam ao ar na próxima segunda-feira (27), cumprindo a mesma carga horária de antoriormente (das 9h às 11h30), mas não apresentarão o "Bom Dia & Cia" sozinhos. Silva Abranavel, que assumiu o matinal às pressas no último dia 15, agradou os executivos da emissora e continuará na apresentação do programa ao lado das crianças.
Em conversa recente com o UOL, a filha de Silvio contou que a ideia de ter um adulto no matutino era antiga. Quando dirigia Maisa Silvia -- a Maisinha -- Silvio Santos chegou a sugerir a contratação de uma apresentadora experiente para fazer companhia para sua pupila, pois gostava da forma como a filha se comunicava com a apresentadora mirim.
"Eu era a mãezinha fofa que falava com a filha. [Procuramos pessoas com este estilo], mas sempre apareciam as gostosonas, bonitonas, nenhuma com o perfil de mãe. Não queríamos ninguém que tivesse cara de boneca. Aí, de repente apareceu a oportunidade, me colocaram ali e está dando certo. Tenho um perfil de mãe", defendeu
Após receber a notificação judicial, o SBT entrou com um recurso para tentar reverter o quadro, assegurando prestar todo tipo de assistência a seus atores mirins, o que inclui psicólogo, fonoaudiólogo, nutricionista e até professor particular.
"Memórias de um Gigolô''
Flavio Bretas Soares, juiz do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, também foi protagonista de outra decisão polêmica recentemente. No começo do mês de julho, ele impediu a participação de dois atores mirins, Matheus Braga, 13, e Kalebe Figueiredo, 10, no espetáculo "Memórias de um Gigolô'', que estreou em São Paulo.
Segundo a decisão judicial, o texto da peça conteria uma linguagem inadequada que poderia prejudicar o desenvolvimento psíquico dos jovens. Miguel Falabella, diretor do espetáculo, protestou no palco do Teatro Procópio Ferreira
"Uma das razões alegadas foi que a de que o personagem usava a palavra 'masturbação' no texto, e que isso poderia prejudicar o desenvolvimento psíquico dos menores. O teatro, senhor juiz, muito pelo contrário, ensina esses dois jovens talentos a dominar a língua, a se expressar com clareza, a aguçar o raciocínio e a olhar o mundo com os olhos da poesia. E o teatro musical ainda por cima lhes ensina a música'', disse.
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