Pasquim agradece elogio de mulheres e diz que obedece autor em "Babilônia"

Marcela Ribeiro

Do UOL, no Rio

  • Estevam Avellar/TV Globo

    Marcos Pasquim vive o instrutor de saltos ornamentais Carlos Alberto em "Babilônia"

    Marcos Pasquim vive o instrutor de saltos ornamentais Carlos Alberto em "Babilônia"

O ator Marcos Pasquim, que teve a história de seu personagem na novela "Babilônia" mudada, comentou a explicação dada pelo autor Gilberto Braga para o fato de Carlos Alberto ter deixado de ser um gay dentro do armário na trama.

Em entrevista ao jornal "O Globo" no último domingo (31), Braga disse que transformou o personagem de Pasquim em heterossexual a pedido da audiência feminina de São Paulo. "Elas tinham tesão pelo Pasquim e lamentaram o fato de ele ser gay na novela", justificou.

Ao UOL, Pasquim disse estar satisfeito com a visão das telespectadoras a seu respeito. "Fico feliz de as mulheres gostarem e me elogiarem, mas não tenho que falar de mim", desconversou.

O ator também disse não ter se incomodado com a guinada de Carlos Alberto na trama. Inicialmente, o personagem iria se envolver com Ivan (Marcello Melo Jr.), mas desde a decisão de Braga de transformá-lo, ele tem se aproximado da mocinha Regina (Camila Pitanga).

"Sou ator, o que eles [autores] escreverem vou fazer. Nos preparamos para o personagem, mas a novela é uma obra aberta, e estamos preparados para mudar, somos um time, jogamos todos juntos", declarou.

Beijo gay

Gilberto reconhece também que não foi só o beijo gay entre duas célebres atrizes – Fernanda Montenegro e Nathalia Timberg – que chocou alguns telespectadores, como também as cenas de sexo entre Beatriz (Glória Pires) e seus parceiros.

Sobre o beijo, Braga explica que era só um selinho, mas Fernanda Montenegro e o diretor Dennis Carvalho optaram por algo mais longo. "Não chegou a ser chupão, mas ficou um beijo. Não estou dizendo que a culpa é da Fernanda porque todos nós vimos e gostamos. Então todo mundo é responsável. Ninguém viu nada de mais naquele beijo."

Braga comentou ainda sobre o beijo de Félix e Niko, de "Amor à Vida", ter tido até torcida pelo casal e, em "Babilônia" acontecer o inverso. Gilberto disse que nesta novela, o beijo não foi no primeiro capítulo e que a escolha dos atores também influencia na reação do público.

"Nem eram duas estrelas históricas da TV e do teatro, né? O Silvio teve problema com lesbianismo em 'Torre de Babel', mas quando ele fez Sandrinho (personagem gay de 'A próxima vítima', de 1995) não houve problema porque pegou dois atores que não eram ídolos. Se fosse o Fábio Assunção de gay namorando o Marcos Palmeira iriam chiar", opinou.

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