Vontade de ter "menos proteção" motivou ida para o "CQC", diz Dan Stulbach
Felipe Abílio
Do UOL, em São Paulo
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Reprodução/Band
Dan na estreia da nova temporada do "CQC"
Dan Stulbach assistiu na noite de terça-feira (5) ao show de Ney Matogrosso que inaugurou o Teatro Porto Seguro, em São Paulo. No ar na Band, no comando do "CQC" desde o início do ano, o apresentador contou ao UOL o que o encorajou a deixar a Globo após mais de 15 anos na emissora.
"A minha intuição foi ir, mas não fui tomado só por isso, dei uma racionalizada. Foi o desejo por aprendizados diferentes, por dizer coisas sem personagem, por dar opinião, por tentar mudar um pouco a realidade ou provocar isso. Ter menos proteção era uma experiência que iria fazer bem. Estou feliz", disse ele.
O ator encarou várias críticas por seu desempenho como apresentador logo na estreia da temporada, mas contou que tirou tudo de letra.
"Eu queria viver isso, estava disposto a viver essa experiência plenamente. Tivemos críticas construtivas e negativas. De alguma maneira as negativas sempre ganham mais destaque, mas eu aprendi com ambas. Aprendi com as que mostraram pontos de mudança interessantes e com as negativas. Também tem aqueles que elogiam por elogiar e criticam por criticar. Mas isso tudo faz parte da opção que eu fiz, e a natureza de um projeto tão badalado, visto e de uma repercussão tão importante."
Encarando o público fora de um personagem e sem texto programado, Dan garante ser o mesmo, tanto sentado na bancada quanto no dia dia.
"Aquele é o Dan que você pode conhecer na rua, talvez um pouco mais tranquilo, menos efusivo. O programa não tem TP [equipamento que exibe o texto a ser lido pelo apresentador]. Em muitos momentos eu falo o que vem na cabeça, no coração, o que eu vejo. É um exercício grande para mim, não tem personagem. Ter coragem de falar algumas coisas, de se expor, neste sentido um personagem seria mais confortável, porque sempre tem um texto escrito por alguém muito competente. Mas ali não tem, sou eu mesmo".
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