Phelipe Siani, repórter do "Jornal Nacional", que tem produzido reportagens em tom informal e divertido para o notíciário, falou ao UOL sobre a fama e também as comparações a William Bonner, âncora do telejornal. Aos 30 anos, ele afirmou gostar do reconhecimento, mas não quer ser visto como artista.

"São coisas muito diferentes, a partir do momento que o jornalista se acha artista, ele se acha mais importante que a notícia e isso é muito perigoso. Acho que o reconhecimento é muito legal, todo jornalista quer", declarou ele durante a festa de lançamento da novela "I Love Paraisópolis", realizada em São Paulo na última quarta-feira (29).

Comparado a William Bonner por conta da mecha grisalha nos cabelos, Siani minimizou a semelhança. "O Bonner é o Bonner, não dá para comparar com ninguém", declarou.

O jornalista, que iniciou sua carreira como estagiário da Globo, tem passagem por jornais locais e também pelo SBT, contou que sempre quis ser repórter de TV e que cansou de ser questionado pela família e amigos quando chegaria ao "Jornal Nacional".

"Desde sempre todo mundo fala sobre o "Jornal Nacional", é engraçado (risos). Eu sempre quis ser repórter de TV, sempre me identifiquei, e também sempre quis trabalhar na Globo por conta da estrutura e por ser a potência jornalística que é. A mãe está toda orgulhosa, fala 'meu filhinho, fala para as vizinhas...'", admitiu.

No início da semana, a Globo estreou o novo cenário do "Jornal Nacional", com novos enquadramentos e um perfil mais dinâmico. Phelipe comentou a mudança, dizendo acreditar que a "pegada mais informal" é o futuro dos telejornais.

"Acho que a resposta tem sido muito boa porque está um jornal infinitamente mais gostoso de assistir, pelo menos eu achei muito legal. A tendência é o jornalismo evoluir para isso, ficar uma coisa mais gostosa de assistir não deixando de informar", opinou.