O âncora Ricardo Boechat encarou o desafio de pegar o transporte público de São Paulo para uma série de reportagens especiais do "Jornal da Band" . O jornalista deixou o ar condicionado da Redação e enfrentou trens e metrô lotados em uma viagem feita por volta das 7 horas da manhã, entre as estações de Guaianases, na zona Leste da capital, e Luz, na região Central.

"Simplesmente desumano. Um sufoco", avaliou Boechat. "Mas esse caos, essa loucura, esse inferno, não é só [no período] matutino. Contei aí no início da reportagem que peguei trens no Rio de Janeiro, na Central do Brasil, na vida de estudante [nos anos 1970], e era o mesmo inferno, a mesma loucura, era o mesmo tratamento de gado dado à população. A pergunta que fica é a seguinte: até quando esse povo vai aguentar calado?", questionou.

Na reportagem, Ricardo Boechat relatou a precariedades dos trens da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolianos) e ouviu a opinião de outros passageiros --a grande maioria insatisfeita--, que vivem o caos no dia a dia. "Um desrespeito", desabafou um usuário.

A experiência vivida por Boechat --atualmente, o número 1 do jornalismo da Band-- faz parte da série "A Hora do Sufoco", que fala sobre os problemas no transporte público no Brasil, e que foi exibida durante a semana pelo "Jornal da Band". É comandada pelo repórter Gilberto Smaniotto, ex-Record.