Globo volta a camuflar equipes durante manifestação em São Paulo

Do UOL, em São Paulo

  • Reprodução/TV Globo

    Globo volta a camuflar equipes durante manifestação em São Paulo

    Globo volta a camuflar equipes durante manifestação em São Paulo

Após o início de novas manifestações contra o aumento da tarifa de transporte público, em 2015, a Globo voltou a adotar medidas de segurança que já tinham sido feitas em protestos de 2013 e 2014. A emissora camuflou microfones, escondeu a sua marca, e repórteres e cinegrafistas surgiram com capacetes. Foi o caso, por exemplo, do repórter Roberto Paiva na edição desta sexta-feira (16) do "Jornal da Globo", em São Paulo. O objetivo é proteger os seus respectivos profissionais.

Entre maio de 2013 e junho de 2014, a Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) contabilizou mais de 170 casos de violações contra jornalistas. No período, profissionais de imprensa foram agredidos por policiais e black blocs, um cinegrafista da Band foi morto depois de ser atingido por um rojão, carros de reportagem foram depredados, um veículo da Record incendiado e, às vésperas da Copa do Mundo, a correspondente da CNN, Shasta Darlington, atingida por estilhaços de bomba.
 
A Abraji também disponibiliza para download em seu site o "Manual de Segurança para Cobertura de Protestos". "O guia foi elaborado a partir de entrevistas com repórteres agredidos, presos ou hostilizados durante os protestos que tomaram as ruas."
 

Protesto
O segundo ato organizado pelo Movimento do Passe Livre contra o aumento da tarifa de transporte público terminou em confronto entre polícia e manifestantes na noite desta sexta-feira. PMs reagiram a um rojão, que teria sido lançado por um dos manifestantes, dando início à confusão. Pelo menos 15 pessoas foram presas.

A manifestação aconteceu próximo à sede da Prefeitura de São Paulo, no Viaduto do Chá, e reuniu cerca de duas mil pessoas. 

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