"Só assumo mesmo em janeiro e não tenho nada de concreto. Estou avaliando tudo. Posso voltar com o antigo formato, manter o que está no ar ou uma terceira alternativa, que é trazer coisas novas ou surpreendentes". É muito cedo para falar, mas estou pensando", explicou Boninho, que foi um dos primeiros assistentes de produção da atração. "Depois de caboman, segurei [microfone] boom... Fiz tudo que você possa imaginar dentro do estúdio até chegar a produção do 'Vídeo Show' no início dos anos 80" entregou.

 

Boninho rejeitou a condição de reassumir o "Vídeo Show" ou de ter um gostinho especial de voltar ao programa que fracassou nas mãos de Waddington. "Não estou reassumido nada!! Eu tenho algumas responsabilidades que a Globo me dá e tenho que tocar. Tenho que ser profissional para isso e jamais falaria 'não' para qualquer projeto, qualquer programa. Na verdade, nós discutimos e entendemos as demandas da empresa."

 

O diretor também achou justa a divisão em quatro diretorias da direção geral de Entretenimento, que agora tem Silvio de Abreu como responsável pela Dramaturgia Diária (novelas). Guel Arraes na Dramaturgia Semanal (séries) e a área de Variedades com dois diretores, Ricardo Waddington (para atrações noturnas e de fins de semana) e Boninho (para programas diários e realities).

 

"Na verdade, o que aconteceu foi uma divisão porque é praticamente  impossível cuidar de tudo dentro do conceito que o Schroder {Carlos Henrique Schroder diretor geral da Globo} quer para a emissora. Uma divisão saudável para que nós possamos viver um pouco mais, se divertir mais. O que era praticamente impossível para o Manoel {Martins, O diretor-geral de Entretenimento da Globo}. Ele era um guerreiro", explicou Boninho que completou 36 anos de Globo. "Frequento a Globo desde os meus cinco anos. Aos 17, comecei a trabalhar e era estágio não remunderado. Meu pai , {José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, Boni diretor geral da Globo durante 30 anos}", não me pagava", revelou.