"Não estou mais acostumado a fazer novelas", diz Du Moscovis

James Cimino

Do UOL, em São Paulo

  • Foto Rio News

    Eduardo Moscovis

    Eduardo Moscovis

Longe das novelas desde 2005, o ator Eduardo Moscovis tem se dedicado a séries, e a próxima será "Assuntos de Família", que estreia em 9 de abril, no GNT, às 22h30.

"Não estou mais acostumado a fazer novelas, pelo tempo que ela demanda e pela linguagem", afirmou ele a imprensa, nesta quinta-feira (9). O ator contou ainda que foi uma opção dele não participar mais desse tipo de produção por um tempo.

O último folhetim estrelado por Moscovis foi "Alma Gêmea". "Entre 'Senhora do Destino e 'Alma Gêmea', tive apenas um mês de intervalo e fazia teatro ao mesmo. Coincidiu que com o final de 'Alma Gêmea', também veio o fim do contrato com a Globo. E optei por não renovar. Queria abrir espaço para experimentar novas linguagens. Como a da televisão paga e do cinema", revelou.

O ator contou ainda, que dentre os autores que gostaria de trabalhar em um novela, estão João Emanuel Carneiro, de "Avenida Brasil" e Duca Rachid e Thelma Guedes – com quem ele já trabalhou em o "Cravo e a Rosa", quando elas eram assistentes de Walcyr Carrasco.

"Eu quase trabalhei com o João [Emanuel Carneiro], mas na época era inviável para mim", disse Moscovis, sem citar a produção.

Série

Com 13 episódios e podendo render uma segunda temporada, Moscovis interpreta Pedro, um juiz da Vara de Família, que foi criado junto com o irmão pelo pai, após a mãe ter ido embora. Para saber como uma autoridade deve se comportar, agir e falar no tribunal, o ator frequentou audiências, conversou com juízes e gravou cerca de 12 horas por dia, durante dois meses seguidos.

Pedro, o personagem de Moscovis, extrapola a ética profissional e investiga pessoalmente os envolvidos nos casos que julga.

Cada episódio exibirá um caso que servirá de estopim para desenvolver a trama familiar do juiz, adiantou o diretor Sérgio Rezende.

"A série pretende discutir a questão da família e como ela se modificou. Então teremos todos os tipos de relações conturbadas. Questões como divórcio, guarda de família e questões familiares envolvendo casais gays", adiantou o diretor, que também conta que a ideia para série surgiu dentro de seu núcleo familiar.

"Tenho um cunhado que é juiz de direito e que sempre contava essas histórias. Achei que renderia um roteiro multifacetado sobre esse assunto".

No entanto, Sérgio ressalta que a trama não é sobre tribunal, e que os casos são usados apenas como pano de fundo para discutir os dramas familiares do protagonista.

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