Sangue Bom

"Como achar o sucesso ruim?", diz Marisa Orth sobre ser chamada de Magda

Sabrina Grimberg

Do UOL, no Rio

  • TV Globo/Raphael Dias

    Marisa Orth como a personagem Damáris de "Sangue Bom"

    Marisa Orth como a personagem Damáris de "Sangue Bom"

Chegou a hora de Marisa Orth se despedir de suas louquinhas Damáris e Gládis de "Sangue Bom". Depois de seis meses de novela, a atriz contou ao UOL que chegou a ficar receosa ao ler sobre os personagens, mas no fim, deu tudo certo.

"Foi uma experiência bem sucedida. Inicialmente, fiquei com medo de errar a mão por ela ser muito exagerada, mas ficou dentro do humor. Não ficou grotesco", avaliou Marisa, que se apegou mais à original do que à irmã gêmea. "Vai ser mais difícil me despedir da Damáris. A Gládis é muito querida pelo público, mas a Damáris é uma personagem mais complexa. A Gládis é filha da Damáris", brincou a atriz.

A partir deste domingo, dia 3, a Globo vai exibir após o "Fantástico" quatro episódios gravados pelo canal Viva do humorístico "Sai de Baixo". Com isso, a antológica Magda está de volta. Questionada se lhe incomoda ser chamada nas ruas pelo nome do personagem, a atriz garantiu que não.

"Como achar o sucesso ruim?", ponderou Marisa, acrescentando que não teve dificuldades para voltar ao papel. "Eu me lembrava bem dela. Foi um personagem muito sólido".

  • AgNews

    Marisa Orth e Daniel Boaventura no musical "A Família Addams"

Depois de seis anos interpretando a mulher de Caco Antibes (Miguel Falabella), Marisa Orth discorda que teria ficada tachada pelo personagem.

"Quando você fica marcada, não consegue fazer outros personagens e eu nunca parei de ter emprego. As pessoas também me chamam de Marisa, Mortícia, Damaris...", enumerou ela, referindo-se ao musical "A Família Addams", no qual ficou em cartaz por um ano em São Paulo e mais meio no Rio. A atriz contabiliza que recebia no teatro nove mil pessoas em oito sessões por semana.

Com o fim da novela e longe dos palcos, neste momento, Marisa só quer saber de descanso. Sobre o futuro, ela é evasiva quanto a uma escolha entre fazer novelas ou seguir na linha de shows (programas apresentados depois da novela das nove): "Depende do personagem. Se vierem com um que me conquiste...".

Marisa Orth: a conselheira

No meio de tantos jovens atores no elenco de "Sangue Bom", Marisa Orth e alguns outros nomes experientes costumam dar conselhos à "molecada", como ela mesma os define. Neste tempo de convivência, ela conclui sem medo de errar:

"Eles são mais estressados. Tem uma cobrança com eles mesmos, que, na verdade, não é culpa deles. O mercado quer atores cada vez mais jovens e mais magros. Hoje, as pessoas vão mais ao endocrinologista do que ao psicanalista".

Para a atriz existe uma covardia velada muito grande nas redes sociais que acaba abalando o lado emocional desses jovens. "A internet é muito presente na vida deles e isso atrapalha a molecada. Às vezes, eles veem 10, 15 comentários maldosos e já se abalam. Eu peço calma e digo para eles esperarem pela maioria. Lembrem-se que nós vivemos numa democracia. Ainda acredito que as críticas de dentro para fora são mais importantes do que as de fora para dentro", analisou a voz da experiência.

No dia 21 de outubro, Marisa Orth entrou para o time das cinquentonas e, segundo ela, convive bem com a idade e despista quanto a uma possível "crise". "Não tive nenhuma. Se tivesse você acha que eu ia te contar?", sorriu.

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