"Achei que ia ser moleza", diz Nathalia Dill sobre vilã em "Joia Rara"
Marcela Ribeiro
Do UOL, no Rio de Janeiro
Após sua primeira vilã em "Malhação", em 2007, Nathalia Dill, 27 anos, está empolgada com as cenas de Silvia Zampari, em "Joia Rara". A jovem, uma mulher linda, fria e calculista se aproveita da fragilidade de Franz (Bruno Gagliasso) para seduzi-lo.
"Achei que ia ser moleza, depois que fiz a Débora em "Malhação". Mas viver outra vilã é outra energia, por ser época, por ser uma personagem mais densa, mais mulher, é outro registro. A Débora era uma patricinha chata. Quando fiz uma mocinha, as pessoas falaram que eu tinha cara de mocinha. Mas acredito que a cada coisa que você propõe, as pessoas compram se você passar a verdade", explicou.
A atriz contou ainda que não considera a personagem tão vilã, pois ela aproxima-se dos Hauser para se vingar. No passado, seu pai morreu na miséria após ser preso injustamente por causa do Ermest (José de Abreu), pai de Franz.
"A vingança sempre está de alguma forma ou mais forte ou mais fraca, o que acho lindo é que tem um amor por trás dessa personagem". O que acho legal nesta novela é que ela não é mocinha, nem se relaciona com a mocinha, ela vai direto ao vilão. São vários vilões juntos", disse, referindo-se ao personagem de Carmo Dalla Vecchia, Manfred Ducke, o grande vilão da história.
Para viver a designer de joias Silvia, Nathalia intensificou a malhação. "Tentei malhar para deixar a personagem mais musculosa", disse ela, que comemora por aparecer com mais maquiagens e acessórios em cena. "Sou neutra e não tenho o estilo muito definido, por isso meu estilo acaba entrando no personagem. Quase não uso maquiagem ou acessório e me empresto para que o estilo da personagem passe a ser o meu. É a primeira vez que uso uma maquiagem mais forte. A maquiagem é o terceiro elemento, faz uma grande diferença, ter um batom vermelho, um olhar, já vem outra energia, faz 50% do meu trabalho".
Na opinião da atriz, a grande magia da profissão do ator é poder se reinventar constantemente."Os personagens sempre são de universos diferentes. O legal de ser ator é poder viver várias vidas, cada personagem nos permite isso, nos instiga".
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Sílvia (Nathalia Dill) é desmascarada por Manfred (Carmo Dalla Vecchia). O vilão descobre que a moça é filha de Heitor Zampari, acusado de matar a mulher de Ernest (José de Abreu). Manfred usa a informação para tentar chantagear a ruiva. Ela joga na cara dele que ele é apenas um filho bastardo, que nunca será reconhecido como um Hauser e que não vai herdar nada."Você odeia Ernest tanto quanto eu, Manfred. Só que até hoje esse ódio não te levou a lugar nenhum Mas juntos nós podemos dar o troco que esse miserável merece", diz