O autor da novela das nove, "Amor à Vida", Walcyr Carrasco disse no programa "Altas Horas", da Globo, que nas novelas dele, "improvisou, entra em coma".  

A brincadeira foi feita na gravação do "Altas Horas" nesta quinta-feira (15), quando Serginho Groismann perguntou a Ricardo Tozzi, que também estava na plateia, se o autor abria espaço para o improviso.

Tozzi brincou que no começo da trama, Walcyr havia dito que a novela já tinha um hospital por causa disso.

"O problema é quando chegam complementos do texto em cima da hora. São os adendos, que a gente chama de 'ardendos' nos bastidores."

Carrasco também disse que Tozzi irá contracenar sim com um fantasma. "Agora 'Amor à Vida' terá uma parte espiritualista."

Morte e aparições como espírito

Nas cenas exibidas entre os dias 8 e 9 de agosto em "Amor à Vida", Nicole (Marina Ruy Barbosa) morreu no altar, após descobrir que o marido Thales a traía com Leila (Fernanda Machado). Desde então, ela tem aparecido como espírito para o amado – e a história tem agradado Marina. 

"A história que o Walcyr está escrevendo é muito bonita. E é lindo pensar que ela está voltando por amor", disse a atriz, que acredita que Nicole tenha perdoado Thales: "É amor de verdade. E quem ama, perdoa".

Presente no programa por meio de uma entrevista previamente gravada, Walcyr confirmou que o espírito de Nicole aparece para Thales por amor. "Ela espera recuperar esse amor de alguma maneira, nem que seja esperando. Eu sei que é romanceado, mas no mundo espiritual é possível. Ela não volta como um espirito de vingança. Ela volta por amor. Ela volta talvez para dar uma lição de que o amor deve estar acima da matéria".

O autor da trama também revelou que partiu dele a ideia de colocar a borboleta branca que aparece antes de Nicole surgir como espírito. A inspiração, segundo ele, veio de uma lenda japonesa. "A borboleta é um símbolo da alma. Então ela passar a ser um símbolo da Nicole, anunciando a chegada desse espirito".

Saída de Félix do armário teve boa repercussão

Quando indagado sobre o vilão Félix (Mateus Solano) que recentemente teve sua sexualidade pela mulher Edith (Bárbara Paz), Walcyr garantiu que a repercussão não poderia ter sido melhor.  "Tive uma ótima repercussão sobre a homofobia do César [Antônio Fagundes] contra o Félix. Muita gente entendeu que, por causa da repressão toda que ele sofreu, ele cresceu com ódio do mundo", disse.

"Então tenho recebido mensagem de gente dizendo: 'Minha tia passou a aceitar o filho que ela não aceitava'; 'Meu amigo resolveu se abrir para os pais e eles, depois de terem visto as cenas da novela, aceitaram o filho'. Isso é a melhor coisa que um autor pode esperar", completou.