Com referência a cenas de filmes clássicos de horror, "Asylum" estreia nesta terça (30)

Estefani Medeiros

Do UOL, em São Paulo

Os fãs que se surpreenderam com a falta de sutileza no horror da primeira temporada de "American Horror Story" podem ficar com estômago um pouco mais aliviado nos primeiros capítulos da segunda temporada de "Asylum", que tem estreia prevista no Brasil para esta terça (30), às 23h15, na Fox.

Com audiência em ascenção nos Estados Unidos, a temporada atual tem 6 milhões de telespectadores a mais do que a primeira, uma nova trama e um asilo no lugar da casa mal assombrada. Mas mantém alguns atores e as cenas violentas envolvendo tabus da sociedade como homossexualidade, religião e segregação racial.

(ATENÇÃO: Os próximos trechos contém SPOILERS)

Em "Welcome to Briarcliff", primeiro capítulo da temporada, o público adentra o perturbador manicômio acompanhado de Leo (participação de Adam Levine) e a noiva Teresa (Jenna Dewan-Tatum), que tem como hobby fazer sexo em diversas casas assombradas pelo mundo. 

Apesar da introdução que remete a filmes de horror juvenis como "A Bruxa de Blair", os primeiros momentos do casal mostram a casa em duas épocas, no século 21, e como tudo aconteceu, em 1964, usando o mesmo ritmo de presente e passado da primeira temporada.

Com menos sustos bobos do que a primeira história, "Asylum" foca ainda mais no suspense e tem passagens que fazem referência a cenas de filmes clássicos, como "Laranja Mecânica", "Psicose", "O Exorcista" e "Sexta-Feira 13". 

Jessica Lange volta mais cruel como a irmã Jude, freira que é responsável pelo hospício ao lado de Monsignor Timothy Howard, papel de Joseph Fiennes, padre que desperta suas fantasias sexuais mais íntimas. Nesse ano, a repressão religiosa ao sexo, aos homossexuais e aos casamentos entre diferentes raças é o principal vilão da série. 

O veterano James Cromwell interpreta o cientista Dr. Arthur Arden, médico que realiza experiências genéticas com pacientes do hospital e faz referência as histórias do médico nazista Josef Mengele. A jovem freira Mary Eunice (Lily Rabe) fecha o grupo de funcionários de "Asylum" com um papel dissimulado, que começa a ser revelado a partir do terceiro episódio, quando começa a mostrar um estranho interesse pelo cientista. 

Dentro do manicômio, os primeiros pacientes a se revelar são Lana Winters (Sarah Paulson), uma jornalista lésbica que tenta investigar as atrocidades do manicômio e acaba sendo presa pela freira, a ninfomaníaca Shelley (Chloë Sevigny) e a misteriosa Grace (Lizzie Brocheré).    

Evan Peters, que na primeira temporada interpreta Tate, na segunda temporada é Kit Walker (por coincidência, alterego do justiceiro dos quadrinhos "O Fantasma"), um atendente de posto de gasolina que é casado com Alma (Britne Oldford), uma jovem negra que é raptada misteriosamente por alienígenas. Walker é abduzido e tem um chip implantado na cabeça, uma das grandes surpresas do segundo ano da série. 

Como a história de alienígenas é suspeita, Walker é enviado para o hospício pelo assassinato de diversas mulheres, que foram violentadas e encontradas sem cabeça. Uma das curiosidades de "Asylum" é que Biarcliff Manor, nome dado ao hospício, é o nome de um antigo vilarejo de Nova York, conhecido por suas histórias de assombrações que inspiraram "A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça", de Washington Irving. Se é coincidência ou não, é o que veremos durante a temporada. 


"American Horror Story - Asylum"
Estreia:
30/10, às 23h15, na Fox

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