"O pânico do 'Fantástico' voltou", diz diretor do "Pânico"

Mauricio Stycer

Crítico do UOL

  • Manuela Scarpa/Photo Rio News

    Alan Rapp, diretor do "Pânico", no evento em que a Band apresentou o programa, em março

    Alan Rapp, diretor do "Pânico", no evento em que a Band apresentou o programa, em março

No mês de sua estreia na Band, em abril, o “Pânico” foi o programa mais visto da emissora, com 10,1 pontos, em média. Bem distante, em segundo lugar, aparecem as transmissões do Campeonato Paulista, com média de 6,5 pontos. O “CQC”, em seu quinto ano na grade, ocupou o quinto lugar neste ranking, com média de 5,6.

Sucesso sem precedentes na história recente da Band, o “Pânico” já faz planos de expansão, revela o diretor Alan Rapp em entrevista ao UOL. “A intenção é aumentar as equipes de produção, edição e redação”, diz.

A verdade é uma só: o pânico do “Domingo Espetacular”, o pânico do Silvio Santos e o pânico do “Fantástico” voltaram.

Alan Rapp, diretor do "Pânico"

Como contou o apresentador Emilio Surita em entrevista ao “UOL Vê TV”, Rapp vive o “Pânico” intensamente, “24 horas por dia”. O diretor encara os seus concorrentes como “adversários” e usa linguagem militar para se referir a eles: “Nós trabalhamos nas manobras dos nossos adversários, se eles mudam, nos também mudamos...”, diz.

Fazendo piada com o nome do programa que dirige, Rapp diz: “A verdade é uma só: o pânico do “Domingo Espetacular”, o pânico do Silvio Santos e o pânico do “Fantástico” voltaram...”

Veja abaixo a íntegra da entrevista:

UOL Televisão - Em um mês o “Pânico” já é o programa mais visto da Band. Qual é a próxima meta?
Alan Rapp - A próxima meta é manter a aeronave voando acima das nuvens e turbulências que sofremos durante a nossa rota dominical. Esse é um dos nossos grandes desafios. Sabemos que é muito difícil, mas também sabemos que sempre foi assim. Ninguém do “Pânico” se acomoda na zona de conforto. Aprendemos que temos que manter o olho do tigre, sempre atentos a tudo que acontece no Brasil e no mundo para que nada passe despercebido.

UOL Televisão - Vocês pretendem reforçar a equipe do programa? 
Alan Rapp - Sim. O ritmo é intenso, as externas fora de São Paulo são constantes e a intenção é aumentar as equipes de produção, edição e redação, mas isso ainda seria um próximo passo.

UOL Televisão - O “Pânico” tem alcançado a liderança depois que o “Fantástico” termina. Nas últimas semanas, o programa apostou nas panicats neste horário. Vai continuar com essa estratégia?
Alan Rapp - Na verdade, mordemos o primeiro lugar duas vezes durante o “Fantástico”, agora na Band; na RedeTV! isso ocorreu inúmeras vezes, mas realmente conseguimos nos consolidar no primeiro lugar quando o “Show da Vida” acaba. Cada semana é um jogo diferente. A concorrência já mudou, o “Domingo Espetacular” (Record) está começando mais cedo e pagando dois breaks no seu início, diferente do que estavam fazendo antes, só faziam os breaks após as 22h10. Nós trabalhamos nas manobras dos nossos adversários, se eles mudam, nos também mudamos... Cada domingo, a estratégia pode mudar, dependendo do que os concorrentes fazem em suas respectivas grades. Eu costumo decorar todas as possibilidades de manobras deles e vamos nos adaptando em busca da vitória.

UOL Televisão - Como você enxerga esta disputa pela audiência nas noites de domingo? É uma guerra mesmo?
Alan Rapp - Domingo a noite é o dia mais caro da TV. A tradição brasileira coloca a família na frente da televisão, e assim ninguém quer perder. Todos querem ganhar. O "Pânico" tem concorrentes tradicionais e fortes, como Silvio Santos e “Fantástico”. O “Domingo Espetacular” também rema bastante, mas a verdade é uma só: o pânico do “Domingo Espetacular”, o pânico do Silvio Santos e o pânico do “Fantástico” voltaram. Estamos na briga, cada minuto é importante, sabemos que damos trabalho aos concorrentes e também sabemos que, enquanto o povo brasileiro estiver com o “Pânico”, seremos um osso duríssimo de roer. Sabemos que nosso sucesso está diretamente atrelado a todo esse carinho maravilhoso e apoio do nosso público. Isso pra nos é o mais importante de tudo.

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