Após renovar com SBT, Sheherazade espera "programa solo com muita opinião"

Flávio Ricco

Flávio Ricco

  • Roberto Nemanis/SBT

    O diretor de produção Leon Abravanel, a jornalista Rachel Sheherazade e o vice-presidente do SBT, José Roberto Maciel

    O diretor de produção Leon Abravanel, a jornalista Rachel Sheherazade e o vice-presidente do SBT, José Roberto Maciel

Poucos minutos depois de terminar a edição do "SBT Brasil" desta quinta-feira (8), Rachel Sheherazade falou à coluna sobre a renovação de seu contrato com o SBT. E confirmou, com todas as letras, a expectativa de lançamento de um programa solo nos próximos meses, exatamente como foi dito por aqui.

"Fui chamada para uma reunião com o Maciel e o Leon Abravanel a pedido do SS [Silvio Santos]. Acabamos chegando a um acordo e antecipamos a renovação do meu contrato que venceria em março. Foi muito bom para os dois lados. Vou permanecer na emissora até 2018 e tenho a expectativa de um programa solo com muita opinião!", escreveu.

Antes, em comunicado oficial, a apresentadora comemorou a assinatura. "Estou feliz em renovar com o SBT. Desejo que essa parceria possa ser duradoura e produtiva", declarou.

Além da sua participação no "SBT Brasil", que segue no mesmo formato pelo menos até depois das eleições, foi prometido a Rachel um programa semanal de debates, que deve estrear ainda no decorrer deste ano.

Polêmica com episódio de tortura
Em fevereiro, Rachel se envolveu em uma polêmica, ao declarar que era "compreensível" a ação dos três moradores do Flamengo, no Rio de Janeiro, que torturaram e prenderam um suposto ladrão de 16 anos em um poste.

O SBT está sob investigação pela Procuradoria Geral da República, por suposta apologia ao crime e a declaração desencadeou a revolta de políticos, artistas, internautas, pessoas que defendem os direitos humanos e jornalistas.

Um deles foi Ricardo Boechat, âncora do "Jornal da Band", que declarou que a opinião de Rachel é uma "bosta", apesar de ela ter direito a se expressar – nesta semana, após mostrar reportagem sobre o linchamento de uma mulher no Guarujá, ele alfinetou a jornalista em novo comentário. Na mesma Band, José Luiz Datena saiu em defesa dela, assim como o seu companheiro de emissora César Filho.

Após o comentário de Rachel, parlamentares teriam pressionado o SBT. Sob a ameaça de perder R$ 150 milhões em verbas publicitárias do Governo Federal, a emissora de Silvio Santos decidiu cortar os comentários dos âncoras do "SBT Brasil".

A partir daí, surgiram as primeiras informações de um suposto interesse da Bandeirantes na contratação de Rachel Sheherazade, um desejo que teria partido do dono Johnny Saad.

Flávio Ricco

Jornalista, passou por algumas das mais importantes empresas de comunicação do país, como Tupi, Globo, Record e SBT. Dirigiu o "Programa Ferreira Netto" e integrou a equipe do "SBT Repórter". Escreve sobre televisão desde 2003. Email: colunaflavioricco@uol.com.br.

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