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14/08/2011 - 08h00

"Adoro lidar com a realidade cotidiana", conta a atriz Letícia Colin sobre a montagem de sua personagem em "Vidas em Jogo"

Do Pop Tevê
  • Leticia Colin dá leveza a sua personagem Juliana de Vidas em Jogo

    Leticia Colin dá leveza a sua personagem Juliana de "Vidas em Jogo"

Personagens dramáticos e polêmicos já são recorrentes na carreira de Letícia Colin. Mas, em "Vidas em Jogo", a atriz encara um papel com carga emotiva bem menor do que seus últimos trabalhos. Na pele da patricinha Juliana, Letícia tem nas mãos uma menina cujas preocupações se limitam aos relacionamentos com o namorado e os amigos. "Ela é mais simples de montar e tem uma leveza maior. Só que há outros detalhes que precisam ser trabalhados", defende a bela, que afirma focar sua interpretação na verossimilhança de Juliana. "Adoro lidar com a realidade cotidiana. Eu busco uma naturalidade no jeito dela para que pareça mais real", explica. Para Letícia, tentar fazer o público acreditar na verdade contida nos personagens que vive na tevê é algo completamente diferente de quando está atuando no palco. "O teatro é um meio lúdico e na televisão você trabalha mais o realismo. Os personagens televisivos têm mais limitações, o que também é muito interessante para o ator", avalia.

Para a trama de Cristianne Fridman, ela se inspirou no filme "Uma Garota Irresistível", de George Hickenlooper, com a atriz Sienna Miller. O longa, que conta a história de uma menina rica que se envolve no mundo da arte e da moda, serviu para que Letícia montasse o perfil consumista da personagem. "A Juliana nasceu nesse meio de 'glamour'. Ela gosta de usar marcas caras. Só que ela não é uma menina fútil", ressalta. Além de rica, bonita e estilosa, Juliana apresenta um ótimo caráter. "Ela tem dinheiro, mas não tem problema em se relacionar com quem não tem. Ela avalia as suas relações pela lente do humano, não pela lente da condição financeira", filosofa.

A boa relação de Juliana com a também riquinha Patrícia, de Thaís Fersoza, tem sofrido alguns baques nos últimos tempos. A moça tem cada vez mais dificuldade em lidar com as atitudes mimadas e preconceituosas da amiga. "Ela não é sangue de barata. Apesar de aceitar o jeito da Patrícia, acho que uma hora a amizade vai ruir", aposta. Além da relação conturbada com Patrícia, Juliana também já teve muitos momentos de tensão com o namorado Raimundo, vivido por Rômulo Arantes. Apesar de o jovem ter mentido e a decepcionado algumas vezes, o relacionamento dos dois parece mais forte a cada dia. "Agora eles estão agindo juntos para descobrir os mistérios da dona Augusta", conta sobre a mãe de Raimundo, interpretada por Denise Del Vecchio.

Antes de fazer a boazinha Juliana, Letícia deu seus primeiros passos na tevê estreando no seriado "Sandy e Junior", da Globo, onde também participou de programas como "Malhação". Depois de fazer "Floribella", na Band, a atriz foi para a Record fazer a vilã Helô de "Luz de Sol". De lá para cá, Letícia teve papéis cada vez mais complexos. No filme "Bonitinha, mas Ordinária", de Moacyr Góes, protagonizou fortes cenas de nudez e sexo. Na história, ela interpreta Maria Cecília, a emblemática personagem de Nelson Rodrigues que é violentada por cinco homens. A atriz também viveu outras duas meninas vítimas de abuso sexual: uma no musical "O Despertar da Primavera", de Wedekind, e a outra na novela "Chamas da Vida", da Record.

Seu último trabalho antes do atual folhetim foi uma grávida no musical  "Hair", de James Rado e Gerome Ragni, em que interpretava uma jovem que pregava a paz, o amor e a liberdade de escolhas. Na peça, sua personagem fica nua no palco como forma de protesto contra a política e a sociedade na década de 60. Com tantos trabalhos que exploram a nudez, Letícia tenta não mistificar a questão da exposição do corpo. "A nudez tem uma proposta e pode ter vários significados. Tento ver pela ótica da personagem e me preocupar com outras coisas como o texto e o clima da cena", opina. Agora, além de estar no elenco de "Vidas em Jogo", a atriz vai estrear a peça infantil "O Menino que Vendia Palavras". "O ritmo é puxado, mas eu adoro", afirma.

(Ana Paula Hinz)

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