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26/04/2011 - 08h30

Na reta final de "Ribeirão do Tempo", Daniela Galli comemora o sucesso de sua personagem

PopTevê
  • Luiza Dantas/CZN

    A atriz Daniela Galli comemora o sucesso de sua personagem na novela "Ribeirão do Tempo"

No início de "Ribeirão do Tempo", as cenas de Daniela Galli não iam muito além de algumas coreografias no cabaré em um figurino sensual. Agora, prestes a se despedir de Marisa, a atriz comemora o destaque de sua personagem na trama de Marcílio Moraes. Marisa foi de dançarina de boate e, às vezes, garota de programa, para primeira-dama --quando se casou com o prefeito da cidade, o ébrio Querêncio, vivido por Taumaturgo Ferreira. 

No ar há quase um ano na novela da Record, Daniela afirma que está satisfeita com seu trabalho. "Como meu papel sofreu grandes mudanças, tive a chance de experimentar nuances diferentes. Um ano é muito tempo. Se tivesse ficado apenas na boate, não teria sido tão interessante", analisa.

Como a novela já tem os dias contados --o último capítulo de "Ribeirão do Tempo" vai ao ar no dia 2 de maio-- Daniela sonha em voltar a trabalhar com outra de suas paixões: a cenografia. Formada em Arquitetura e Urbanismo, ela chegou a trabalhar durante três anos em Nova York como cenógrafa de espetáculos. "Nunca planejei muita a minha carreira, nem pensei em deixar a cenografia. Quem sabe lá na frente não consigo juntar as profissões", imagina.

O que mais chamou a sua atenção em Marisa?
Foi a quebra de paradigmas. Ela era a dançarina e fazia programas. Isso poderia deixá-la vulgar e marginalizá-la. Mas a personagem acabou se tornando uma pessoa íntegra.

Onde você buscou inspiração para fugir de um possível preconceito?
Conversei muito com o diretor, queríamos desestereotipar o personagem e mostrar humanidade. Li o livro da Gabriela Leite, "Filha, Mãe, Avó e Puta", para ter esse depoimento de alguém que era feliz na prostituição e sentia prazer. Acho que o relacionamento com o Querêncio deu outras camadas para Marisa. Mostrou que ela sentia um amor verdadeiro por ele. Torço para que fiquem juntos.

Antes de atuar, você foi bailarina, música, se formou em arquitetura e também fez cenografia para peças teatrais. Quando surgiu o interesse em atuar?
Mudei para Nova York para estudar cenografia. Trabalhei nos bastidores de algumas peças da Broadway, mas nunca deixei de ter amor pela performance. Mudei justamente para parar de viver uma vida dupla, mas trabalhei com ótimos atores e diretores. Viver nesse universo dos atores começou a dar uma coceirinha, uma saudade do palco.

Com o fim da novela, você planeja voltar a trabalhar nas outras áreas?
Nunca pensei em parar de trabalhar como cenógrafa. Mas desde que voltei ao Brasil, não tive tempo. Quero voltar a fazer, porque é um trabalho muito criativo, tenho mais autonomia na produção. Como atriz não é bem assim. A dança também sempre me acompanhou. As pessoas só identificam o trabalho de dança quando se está dançando. Mas o histórico da dança me ajuda como atriz. Quando fiz "A História de Ester", era difícil se movimentar com aquelas roupas. O fato de ter feito dança deixou os gestos mais naturais.

(Por Natalia Palmeira)

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