Débora Duboca é a governanta Olga em "Passione"
Pela primeira vez, Débora Duboc experimenta a repercussão de um trabalho na TV. Cria do teatro e formada em artes cênicas pela Universidade de Campinas, em São Paulo, a intérprete da Olga de "Passione" nunca havia atuado em novelas. A única participação que fez na televisão foi no episódio "Assim É se lhe Parece", do extinto "Você Decide", em 1999. Agora, na pele da governanta da casa dos Gouveia, percebe o quanto o público se envolve com os personagens. "As pessoas realmente entram na sua vida. E, como a Olga é a empregada da família, tem gente que cria uma intimidade e vem me contar o que acha do papel", surpreende-se.
O que também chama a atenção de Débora é o fato de ouvir comentários opostos uns dos outros. Ainda mais porque, na trama, Olga é um tipo misterioso. No início, foi parar na cadeia por causa de uma armação de Clara, de Mariana Ximenes. Mas nunca se fez de coitada e parece não ter limites para conseguir se vingar da vilã. "Tem quem defenda minha personagem com unhas e dentes, dizendo que ela é íntegra. E tem pessoas que têm certeza de que existe uma história pesada por trás dessa mulher", conta.
Para ajudar na construção do papel, Débora assistiu aos filmes "Festa de Família", de Thomas Vinterberg, e "O Fiel Camareiro", de Peter Yates. Tudo para entender melhor o papel de um empregado dentro de uma casa e a força que ele pode ter. "Na novela, os empregados são muito presentes na trama e de uma forma, às vezes, calada. Acho que isso é que suscita no público esse mistério", opina ela, que também pegou algumas referências do filme "Batman", já que, na história, o protagonista conta sempre com a ajuda de seu mordomo. Mas como Olga tem esse caráter dúbio, Débora prefere se deixar levar pelas surpresas do capítulo. Além disso, lê tudo que acontece no folhetim, não apenas as partes referentes ao seu papel. "Minha personagem sabe muito mais de todos do que qualquer um ali sabe do outro", analisa. "Estudo muito e tento não fechar a interpretação. Não quero criar juízo de valor, se a Olga é boa ou má", ressalta.
Nome – Débora Duboc Garcia
Nascimento – 4 de maio de 1965, em Ribeirão Preto, São Paulo
Na TV – "Boa novela e programas que realmente mexam comigo"
Ao que não assiste na TV – "Não gosto de ver baixaria"
Nas horas livres – "Estar com meus filhos e meu marido"
No cinema – "Gosto de filme bom, qualquer coisa que inspire o poético"
Música – "Música é tudo na minha vida, ela determina o meu astral. Adoro blues e MPB"
Livro – "Leio muito teatro. Preciso retomar o romance"
Prato predileto – "A macarronada da minha sogra"
Pior presente – "É aquele que você vê que a pessoa não pensou em você na hora de escolher"
O melhor do guarda-roupa – Vestido
Perfume – "Todos que tenham madeira na fragrância"
Homem bonito – Reynaldo Gianecchini
Mulher bonita – Cleyde Yáconis
Cantor – Lenine
Cantora – Aracy de Almeida
Ator – "Os que fazem parte do meu núcleo em 'Passione'"
Atriz – "As que estão no meu núcleo, incluindo a Irene Ravache e a Vera Holtz"
Animal de Estimação – "Tive na infância, mas hoje só tenho dois 'bichinhos': o Oto e o Theo, que são meus filhos"
Escritor – Moacyr Scliar
Arma de sedução – "O afeto"
Programa de índio – "Ir ao shopping. Odeio"
Melhor viagem – "Todas as que fiz com meu marido"
Sinônimo de elegância – A simplicidade e a atitude de não sofrer
Melhor notícia – "Das minhas duas gravidezes"
Inveja – "De quem salta de asa-delta"
Ira – Falta de confiança
Gula – Doce
Cobiça – Paz
Luxúria – "A minha vaidade"
Preguiça – "De fazer conta e de gente chata"
Vaidade – "No meu caso, tem sido saudável"
Mania – "De organizar as roupas em variação de tom e de comprimento"
Filosofia de vida – "'Não precisamos de muita coisa. Só precisamos uns dos outros'. É do Carlito Maia".
(por Luana Borges)