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09/08/2010 - 08h00

Em "Passione", Cauã Reymond explora o universo do esporte e das drogas


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Cauã Reymond tem motivos para se sentir à vontade na pele de um atleta na ficção. Afinal, o intérprete do ciclista Danilo, de "Passione", da Globo, sempre foi ligado a atividades físicas. Além de ser faixa preta em jiu-jítsu --esporte do qual já foi bicampeão brasileiro--, ele surfa e faz ioga. "Eu tenho muita afinidade com essa coisa mais saúde", constata. Mesmo assim, o universo do ciclismo era novidade para Cauã até então. Por isso, ele pesquisou sobre Lance Armstrong, ciclista americano que venceu a famosa competição "Tour de France" sete vezes seguidas, e se aprofundou bastante no assunto. "O ciclismo é considerado o segundo esporte mais perigoso do mundo. Quase todo ano, alguém morre praticando", conta.

  • Pedro Paulo Figueiredo/Carta Z Notícias

    Ator Cauã Reymond diz não utilizar dublês nas cenas em que aparece pedalando na novela "Passione"

Mas o risco que o ciclismo oferece não impediu Cauã de se dedicar às aulas de bicicleta. Afinal, ele precisa ter um certo domínio do esporte. Principalmente porque todas as cenas em que seu personagem aparece pedalando são feitas pelo próprio ator, sem nenhum dublê. "Você precisa se acostumar com o velódromo e com a bicicleta, que não tem freio. Não pode parar de pedalar, senão você cai", avisa. Cauã, que só conhecia uma bicicleta normal, também teve de aprender a andar em uma de estrada, que tem os pneus muito finos. Entre as dificuldades que encontrou, o ator destaca a sapatilha que um ciclista precisa usar enquanto pedala. O calçado fica preso ao pedal, o que pode render alguns tombos ao condutor da bicicleta, caso ele não esteja atento para isso. "Uma vez, caí em frente a uma lotérica. Quando você está pedalando há muito tempo, acaba esquecendo que seu pé está preso e cai bastante no começo", explica, às gargalhadas.

Só que, na trama, como Danilo está envolvido com drogas, o ciclismo deixa de fazer parte de sua rotina. Ainda mais depois que o personagem tenta incriminar o próprio irmão, Sinval, de Kayky Brito, para não ser pego no exame antidoping". "Acabou o ciclismo para ele", conclui Cauã, que encara com seriedade o fato de abordar a dependência química na novela. Tanto que está frequentando o Narcóticos Anônimos para conhecer de perto histórias de ex-usuários. "Está sendo muito enriquecedor para meu trabalho de ator pesquisar sobre isso", avalia. Porém, a composição do papel vai além do mundo das drogas. Ainda mais porque Cauã está contracenando novamente com Mariana Ximenes, que interpreta a vilã Clara. Os dois já trabalharam juntos em "A Favorita", onde viveram o casal Lara e Halley, que protagonizou cenas quentes na trama de João Emanuel Carneiro. Agora, em "Passione", eles formam, mais uma vez, um conturbado par romântico.

E é justamente por isso que o ator demonstra preocupação em não se repetir em cena. "Pegar fogo entre os personagens, vai. Mas espero que pegue fogo de uma maneira diferente", torce ele, que está tendo o auxílio da coach Rossella Terranova. "Ela está nos ajudando a encontrar uma relação para os nossos papéis diferente da que tinha o Halley e a Lara", justifica. Antes do papel atual e logo depois que terminou "A Favorita", Cauã se dedicou ao cinema. Em 2009, ele participou de quatro filmes que devem ser lançados em 2011: "Reis e Ratos", de Mauro Lima; "Não Se Pode Viver Sem Amor", de Jorge Durán; "Meu País", de André Ristum, e "Estamos Juntos", de Tony Ventura. Nesse último, o ator vive um homossexual e teve de beijar outro homem em cena. "Não teve muito drama, não. Barba é que não é legal. Incomoda", brinca o ator, que deseja voltar a fazer novela de época e interpretar um nordestino. "Meu avô é paraibano. Gostaria de entrar nesse universo", almeja.

(por Luana Borges)

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