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26/07/2011 - 07h00

Em "Insensato Coração", Rosi Campos, a Haidê, é o tipo de mãe que vive para os filhos 24h por dia

Do Pop Tevê

Rosi Campos é do tipo de atriz que gosta de fazer comédia. "Os papéis vão surgindo, não é a gente que escolhe", assegura a intérprete da simpática Haidê de "Insensato Coração", da Globo. Na trama de Gilberto Braga e Ricardo Linhares, a personagem é mãe dos "encostões" Natalie, interpretada por Deborah Secco, e Douglas, vivido por Ricardo Tozzi. "Eles acham que a vida é mole e que vão conseguir as coisas estalando os dedos", observa a atriz.

Ela se sente responsável por eles, pois os filhos não têm nenhuma segurança. É bem grudada mesmo

Rosi Campos, sobre sua personagem Haidê

Em "Insensato Coração", Rosi acredita que sua personagem é do tipo de mãe que vive 24 horas por dia para as necessidades dos filhões. "Ela se sente responsável por eles, pois os filhos não têm nenhuma segurança. É bem grudada mesmo", destaca. Ainda que sua personagem "carregue" os filhos nas costas, Rosi Campos não acha que algum dia ela vá se "libertar" do fardo familiar. "Isso nem passa pela cabeça da personagem. A não ser que eles decidam ir embora", sugere, em tom de humor.

Pop Tevê - Em "Cara & Coroa", de Miguel Falabella, sua personagem Regininha era bem atrapalhada. Isso de alguma forma ajudou sua composição?
Rosi Campos - Não conhecia nada de técnicas de televisão. Eu aproveitei que a personagem era meio destrambelhada e aprendi muito de posicionamento com os câmaras. Cheguei do teatro, sem nenhuma noção da parte técnica. É tudo completamente diferente do teatro. O tempo, a atuação é mais contida, a linguagem é mais real. Muitos amigos me deram dicas e eu prestava muita atenção em tudo o que eles falavam.

Pop Tevê - Em 1994, você viveu a Bruxa Morgana no programa infantil "Castelo Rá-Tim-Bum", da TV Cultura. Que tipo de importância esse personagem trouxe para a sua vida profissional?
Rosi Campos - Acho que é o personagem da minha vida. Todo mundo gosta, tem um apelo enorme com as crianças, que assistem até hoje. Aliás, não só a criançada. Tem tantos jovens que me encontram e falam que eu faço parte da vida deles. Ficam indiretamente me chamando de velha (risos). O "Castelo Rá-Tim-Bum" está sendo reprisado há 13 anos pela TV Cultura. No início dos anos 90, a Cultura não tinha esquema nenhum para segurar um sucesso, que foi absurdo e ela não tinha nem departamento de Marketing.

Pop Tevê - Seus personagens costumam transitar entre a comédia e o drama. Como você lida com gêneros tão diferentes?
Rosi Campos -  Tenho domínio sobre a comédia e adoro fazê-la. Também gosto de dramas, só que para mim é mais difícil. Como não estudei teatro, não tenho as técnicas. Então, quando sou escalada para fazer um drama, faço, mas me arrebento para chegar ao melhor resultado. Uma vez até conversei sobre isso com a Fernanda Montenegro. Perguntei como ela conseguia fazer dramas de maneira tão simples. Ela me falou que é porque se diverte fazendo. Ou seja, ela detém uma boa técnica para o estilo. É preciso um processo interno muito forte, mas o ator não pode se matar.

Pop Tevê - A Haidê de "Insensato Coração" é uma mulher batalhadora e cheia de valores morais. Como tem sido a reação do público?
Rosi Campos - Está ótima. Novela da nove tem uma visibilidade maior e passa no horário onde as pessoas podem assistí-la. As pessoas gostam, se identificam, falam para eu dar uma bronca na Natalie. O trabalho com a Deborah Secco e do Ricardo Tozzi é maravilhoso. Ela é muito profissional e estuda muito. Um dia desses a vi fazendo marcação de roteiro, ela separa tudo, revê as nuances e continuidade das cenas. Ao contrário de mim, que decoro. Como a Torloni falou uma vez para mim, quando reclamei que não tinha me saído legal em uma cena: 'novela é um bloco, se você não faz uma cena legal aqui, pode caprichar na outra'.

 

(Gabriel Sobreira)

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