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08/09/2011 - 07h00

"Guaracy é um homem apaixonado pela essência de Griselda", diz o ator Paulo Rocha

FÁBIA OLIVEIRA
Do UOL, no Rio

Desde que "Fina Estampa" estreou, no último dia 22, o português Guaracy, vivido por Paulo Rocha, vem chamando a atenção. Principalmente da mulherada. Dono de um belo par de olhos claros e físico atraente, o ator, de 34 anos, avisa que está solteiro. "Estou em um hotel que foi disponibilizado pela Globo. Vim trabalhar e, para já, estou sozinho", conta. Na ficção, o dono do Tupinambar também é solteiro e vive correndo atrás de Griselda, papel de Lília Cabral. Apesar de sua amada passar a maior parte do tempo vestida com um macacão masculino, Paulo entende a fixação de Guaracy na "marido de aluguel". "Guaracy é um homem apaixonado pela essência, pela vontade e pela força de trabalho de Griselda, que criou os três filhos sozinha", analisa.

Se Griselda continua dando fora em Guaracy mesmo depois de o português a ter beijado, na vida real o assédio feminino aumentou muito desde que ele apareceu na TV. E Paulo confessa que não esperava que seu personagem tivesse tanta repercussão. "Eu não estava à espera que fizesse esse sucesso todo, não", afirma. Griselda bateu com uma colher de pau para repelir o "gajo" e a cena causou um verdadeiro rebuliço na internet. Alguém chegou a postar a seguinte frase: "Se a Griselda não quer o Guaracy, eu quero!".

Paulo lembra que conheceu o autor da novela, Aguinaldo Silva, em Portuga, há cerca de três anos. A primeira vez que o ator, nascido em Setúbal, veio ao Brasil foi no ano passado, durante o lançamento do site do autor da novela. "Antes, nunca tinha vindo. Eu até pensava em trabalhar no Brasil, mas não tinha colocado isso como meta", explica. Abaixo, uma entrevista feita com o ator português, que fala sobre "Fina Estampa" e também sobre os novos hábitos alimentares que adquiriu ao se mudar para o Rio de Janeiro.

UOL - Como aconteceu o convite para atuar em Fina Estampa?
Paulo Rocha -
Em Portugal, em 2007, estava a passar a novela "Vingança" na TV e eu fazia o vilão. O Aguinaldo Silva passa bastante tempo do ano em Portugal. Ele assistiu à novela e parece ter gostado do meu trabalho. Tanto que, em uma entrevista que ele deu em Portugal, perguntaram-lhe se ele escreveria algo lá e, se sim, se havia atores com quem gostaria de trabalhar. Ele citou meu nome e o de outros dois colegas. Mais tarde, veio o lançamento de um livro, conheci o Aguinaldo e almoçamos algumas vezes. Num desses almoços, ele disse à minha agente que tinha vontade de escrever um papel para mim. Isso há dois anos e meio. Mas eu achei que era muito mais um comentário feito por simpatia e uma forma de reconhecimento pelo meu trabalho e tentei não me empolgar muito. Mas, afinal, aconteceu.

UOL - Você veio ao Brasil ano passado, no lançamento do site do Aguinaldo Silva. Aquela foi a primeira vez que esteve aqui?
Paulo Rocha -
Sim. Vim ao lançamento do site do Aguinaldo. Antes, nunca tinha vindo. Eu até pensava em trabalhar no Brasil, mas não tinha colocado isso como meta. Procuro não fazer muitos planos para a minha carreira.

UOL - Quanto tempo de carreira você tem?
Paulo Rocha -
Comecei em 1995, no Teatro Nacional, em Portugal. Na TV, comecei em 2000, mas já tinha feito algumas participações antes.

UOL - Você consegue explicar a atração de Guaracy por Griselda, papel de Lília Cabral?
Paulo Rocha -
Eu acho que ele é o único homem da Barra que vê a mulher que está por trás daquele macacão, do boné e da mala de ferramentas que a Griselda carrega. Guaracy é um homem apaixonado pela essência, pela vontade e pela força de trabalho de Griselda, que criou os três filhos sozinha. Por todas essas características humanas, ele a vê como a companheira ideal. E ele é muito trabalhador, sente uma identificação enorme com ela e vai fazer de tudo para conseguir conquistá-la e ter o amor dela para ele.

UOL - Na sua opinião, Guaracy vai conseguir conquistar o coração duro de Griselda?
Paulo Rocha -
Acho que diante de um personagem tão bonito como essa mulher é, seria muita pretensão que o Guaracy fosse o único a enxergá-la com outros olhos. Vamos ver o que vai acontecer.

UOL - Como tem sido gravar com a Lília Cabral?
Paulo Rocha -
Gravar com a Lília é muito gratificante. Os grandes mestres são normalmente pessoas simples e de fácil contato e trabalho. E a Lília, como enorme atriz que é, está sendo muito fácil trabalhar com ela.

UOL - Na vida real, você conhece alguma Griselda?
Paulo Rocha -
Não conheço nenhuma mulher assim. Até sei de algumas com características pessoais próximas às da Griselda, mas que não optaram por se esconderem atrás de um macacão.

UOL - E você, faz tudo em casa? Ou precisa de uma "Griselda" para ajudá-lo de vez em quando?
Paulo Rocha -
Em casa, sei fazer quase tudo o que é necessário. Mas o problema é que sou muito preguiçoso... (risos)

UOL - Quando você chegou ao Rio de Janeiro? Já está adaptado à nova cidade?
Paulo Rocha -
Cheguei dia 1º de julho. Ainda estou a adaptar-me. Ainda me sinto a aterrar. Cheguei, comecei a gravar e, nesse momento, ainda não estou a achar muita coisa, pouco posso dizer sobre essa mudança. Não tive tempo para refletir muito sobre isso. Talvez daqui a um mês ou dois seja mais fácil responder a essa pergunta.

UOL - Está gostando da comida do Brasil?
Paulo Rocha -
A comida não é assim tão diferente da que se tem em Portugal. Acho que pelo menos no tipo de alimentação que eu faço, não há tantas diferenças. Mas como muito mais frutas aqui do que lá. As frutas daqui são bem coloridas e melhores.

UOL - Você está sozinho no Rio?
Paulo Rocha -
Sim. Estou em um hotel que foi disponibilizado pela Globo. Vim trabalhar e, para já, estou sozinho.

UOL - Gravar uma novela aqui é muito diferente de gravar lá?
Paulo Rocha -
Não é tão diferente. Lá, dizem "ação". Cá, dizem "gravando". Do resto, representar é representar. Seja aqui, na China, na Croácia ou em Portugal.

UOL - Você se sente preparado para o assédio do público aqui? O povo brasileiro é mais caloroso que o português nesse sentido...
Paulo Rocha -
Sim, todo mundo me dizia isso. Mas acho que consigo lidar bem.

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