Jerry Lewis se recusa a dizer por que não apresentará mais maratona na TV
-
Reuters
O comediante Jerry Lewis (6/9/1999)
LOS ANGELES (Reuters) - O veterano artista do entretenimento Jerry Lewis não respondeu a perguntas sobre relatos na mídia segundo os quais vai deixar de apresentar a maratona anual da televisão norte-americana para as vítimas de distrofia muscular, dando a entender que os relatos são falsos.
Em maio, Lewis, de 85 anos, anunciou que em setembro deste ano faria sua apresentação final na maratona televisiva que vem apresentando desde 1966 e que cantaria "You'll Never Walk Alone", a canção que virou sua marca registrada.
Na época, o humorista e ator não explicou a razão de fazer sua participação final, mas um porta-voz da Associação de Distrofia Muscular disse que o programa iria mudar seu formato, passando de uma maratona de 21,5 horas no feriadão do Dia do Trabalho norte-americano para uma emissão de seis horas de duração.
Quando jornalistas de TV reunidos em Los Angeles para um encontro semestral de críticos lhe pediram para falar sobre sua participação final na maratona, Jerry Lewis lhes disse que não devem acreditar em tudo o que leem. "Quem disse isso a vocês? Eu não li isso", disse o ator. "Qualquer coisa que vocês leiam, leiam duas vezes."
Perguntado sobre qual seria sua participação na maratona, Lewis se recusou a dar uma resposta específica, dizendo a outro repórter: "Isso não é de sua conta."
"Eu não quis ser mal-educado, mas em 5 de setembro, o dia depois do programa, farei uma coletiva de imprensa internacional ... e terei muito a dizer sobre o que eu acho importante, e isso é o futuro, não o passado", ele acrescentou. Jerry Lewis deu suas declarações enquanto promovia um documentário a ser exibido pela Starz TV sobre sua vida no showbusiness.
Apesar de criticar os reality shows da TV e dizer que a pressão comercial "sugou a vida" da televisão e do cinema, ele se descreveu como "o velho mais feliz que vocês já viram na vida."
Indagado se acha que realizou seu destino, ele respondeu: "Ainda não, mas estou chegando perto disso", acrescentando que não ficará satisfeito enquanto não tiver ajudado "a conseguir a cura da distrofia muscular." (Reportagem de Jill Serjeant)