Deep Purple faz turnê no Brasil e grava com "Casseta & Planeta"
SÃO PAULO (Reuters) - O Deep Purple está no Brasil para uma extensa turnê pelo país este mês e promete muito mais do que velhos sucessos e músicas novas. Eles vão gravar uma participação no programa de humor "Casseta & Planeta", ainda sem data para ir ao ar.
"Nossa vida é estar num palco, mas também somos seres humanos e adoramos participar de algo inusitado como este programa, que nos dará a chance de mostrar o outro lado de nossas personalidades", disse o vocalista Ian Gillan, em entrevista coletiva nesta quarta-feira em São Paulo.
A banda se apresenta em Goiânia (dia 12), Recife (13), Rio de Janeiro (16), Porto Alegre (18), Curitiba (19), São Paulo (20) e Belo Horizonte (21).
O grupo, que visita o Brasil pela quinta vez, irá promover seu primeiro álbum inédito em cinco anos, intitulado "Bananas".
"Já sabíamos que o nome ia chamar a atenção, mas ele surgiu como uma piada, pois vi uma foto num jornal há três anos de uma pessoa carregando uma bananeira e achei que seria legal num álbum do Deep Purple", revelou o baixista Roger Glover.
Ainda segundo Roger, "Bananas" também tem outro significado, já que "é uma gíria nos Estados Unidos que significa ficar muito louco e poder expressar sua liberdade".
O bom astral refletiu nas gravações do CD que, segundo a banda, foi um dos mais fáceis de sua carreira.
"Pegamos um produtor (Michael Bradford) e decidimos não nos preocupar com os detalhes, apenas entramos no estúdio e gravamos ao vivo, como se fosse um show", comentou Gillan, afirmando ainda que um outro álbum do Deep Purple será lançado até 2004.
FÃS DE SEPULTURA
A banda criticou a cena musical atual, onde cada vez mais a máquina está substituindo o talento humano, mas revelou ser fã do Sepultura, com quem tocará em São Paulo no Festival Kaiser Music, no Estádio do Pacaembu -- também se apresenta no evento o grupo sueco The Hellacopters.
"Será um prazer tocar com o Sepultura, pois já assisti a um show deles em Copenhagen e achei fantástico", contou Gillan.
"Quando disse que tocaria no Brasil com eles, meus filhos me deram CDs e fotos para autografar", continuou o tecladista Don Airey.
O Deep Purple chega ao Brasil desta vez com status de verdadeiro monstro do rock, como no auge de seu sucesso nos anos 1970, ao ser escalado para um grande festival.
O bom momento surpreende, já que o tecladista Jon Lord deixou a banda há dois anos para aprofundar suas pesquisas na música clássica. Mas engana-se quem pensa que foi uma separação tumultuada.
"Jon queria há muito tempo seguir experimentando com a música clássica, mas as últimas turnês foram adiando sua saída ao máximo até que o inevitável aconteceu", explicou o baterista Ian Paice, completando que o álbum gravado com orquestra há três anos foi em respeito a Lord.
"Quando refizemos 'Concerto For Group and Orchestra' sabíamos que seria o último trabalho com Jon. Mas devíamos isso a ele, pois a versão original dos anos 1970 não tinha ficado boa".
Com a saída de Jon Lord, a banda teve que correr atrás de um novo integrante que não decepcionasse os antigos fãs e que fosse tão bom quanto Lord. O escolhido foi Don Airey, que tem em seu currículo passagens pelo Rainbow, Gary Moore e Ozzy Osbourne.
(Por Ari Santa Lucia Jr., especial para a Reuters)
"Nossa vida é estar num palco, mas também somos seres humanos e adoramos participar de algo inusitado como este programa, que nos dará a chance de mostrar o outro lado de nossas personalidades", disse o vocalista Ian Gillan, em entrevista coletiva nesta quarta-feira em São Paulo.
A banda se apresenta em Goiânia (dia 12), Recife (13), Rio de Janeiro (16), Porto Alegre (18), Curitiba (19), São Paulo (20) e Belo Horizonte (21).
O grupo, que visita o Brasil pela quinta vez, irá promover seu primeiro álbum inédito em cinco anos, intitulado "Bananas".
"Já sabíamos que o nome ia chamar a atenção, mas ele surgiu como uma piada, pois vi uma foto num jornal há três anos de uma pessoa carregando uma bananeira e achei que seria legal num álbum do Deep Purple", revelou o baixista Roger Glover.
Ainda segundo Roger, "Bananas" também tem outro significado, já que "é uma gíria nos Estados Unidos que significa ficar muito louco e poder expressar sua liberdade".
O bom astral refletiu nas gravações do CD que, segundo a banda, foi um dos mais fáceis de sua carreira.
"Pegamos um produtor (Michael Bradford) e decidimos não nos preocupar com os detalhes, apenas entramos no estúdio e gravamos ao vivo, como se fosse um show", comentou Gillan, afirmando ainda que um outro álbum do Deep Purple será lançado até 2004.
FÃS DE SEPULTURA
A banda criticou a cena musical atual, onde cada vez mais a máquina está substituindo o talento humano, mas revelou ser fã do Sepultura, com quem tocará em São Paulo no Festival Kaiser Music, no Estádio do Pacaembu -- também se apresenta no evento o grupo sueco The Hellacopters.
"Será um prazer tocar com o Sepultura, pois já assisti a um show deles em Copenhagen e achei fantástico", contou Gillan.
"Quando disse que tocaria no Brasil com eles, meus filhos me deram CDs e fotos para autografar", continuou o tecladista Don Airey.
O Deep Purple chega ao Brasil desta vez com status de verdadeiro monstro do rock, como no auge de seu sucesso nos anos 1970, ao ser escalado para um grande festival.
O bom momento surpreende, já que o tecladista Jon Lord deixou a banda há dois anos para aprofundar suas pesquisas na música clássica. Mas engana-se quem pensa que foi uma separação tumultuada.
"Jon queria há muito tempo seguir experimentando com a música clássica, mas as últimas turnês foram adiando sua saída ao máximo até que o inevitável aconteceu", explicou o baterista Ian Paice, completando que o álbum gravado com orquestra há três anos foi em respeito a Lord.
"Quando refizemos 'Concerto For Group and Orchestra' sabíamos que seria o último trabalho com Jon. Mas devíamos isso a ele, pois a versão original dos anos 1970 não tinha ficado boa".
Com a saída de Jon Lord, a banda teve que correr atrás de um novo integrante que não decepcionasse os antigos fãs e que fosse tão bom quanto Lord. O escolhido foi Don Airey, que tem em seu currículo passagens pelo Rainbow, Gary Moore e Ozzy Osbourne.
(Por Ari Santa Lucia Jr., especial para a Reuters)