Em nova temporada, "The Voice" americano aposta em adolescentes prodígio
James Cimino
Colaboração para o UOL, de Los Angeles
A julgar pelo seu primeiro episódio, a 9ª temporada do "The Voice" americano, que estreia nos EUA e no Brasil nesta segunda-feira (21) — aqui transmitido pelo canal pago Sony, às 22h30 — vai apostar no carisma e na voz dos candidatos mais jovens.
A reportagem do UOL assistiu a uma exibição para a imprensa nos estúdios da NBC em Los Angeles, na última quarta-feira, e traz com exclusividade para o Brasil as principais apostas do nono ano do reality musical, que levou o Emmy neste domingo.
(Este texto contém spoilers)
Dois candidatos, no entanto, já começaram como favoritos. A primeira foi Siahna IM, uma franco-canadense de 15 anos que, segundo ela mesma, é uma "alma velha". Dona de uma voz ímpar que deixou o júri técnico formado por Adam Levine, Gwen Stefani, Pharrell Williams e Blake Shelton boquiabertos e, claro, ansiosos para tê-la em seu grupo.
Com uma interpretação do clássico "Fever", que lembrava a versão imortal de Peggy Lee, a garota disse que começou a se interessar pela soul music quando ouviu Ray Charles aos cinco anos de idade, ou seja, dez anos atrás apenas. Apenas Adam não apertou o botão para a garota, que foi disputada pelos outros três jurados, mas acabou fazendo a opção mais acertada ao escolher Pharrell como seu treinador.
O segundo candidato que promete esquentar a competição é um garoto que foi apresentado ao público às cegas, como acontece com o júri. Revelado apenas ao final de uma interpretação matadora de "Chandelier", da cantora Sia, Jordan Smith foi escolhido pelos quatro jurados, mas optou por Adam.
Os outros dois destaques jovens acabaram ficando no time de Gwen Stefani, a ex-vocalista do No Doubt. Em um dos casos, do garoto Braiden Sunshine, 15, vocalista de uma garage band no Estado de Connecticut, apelou até para a maternidade. "Eu comecei com uma garage band e, além disso, sou mãe de três meninos. Sei exatamente o que você tem que fazer."
Em outra disputa com Pharrell e Blake, acabou sendo ajudada por Adam Levine, que foi o único a esnobar a candidata de Hollywood Kota Wade. A "versão moderna de Cindy Lauper", segundo Blake, era fã de Gwen desde os cinco anos de idade e a tinha como ícone fashion. Mesmo assim, só para fazer picuinha com Blake, Adam chegou a escrever um cartaz com o nome de Gwen para que Kota a escolhesse.
Aliás, a rivalidade farsesca entre Adam Levine e Blake Shelton continua sendo um dos pontos altos do programa. O tempo todo os dois ficam se alfinetando, embora quem sempre comece com as provocações seja Levine.
Durante a audição da candidata Nadjah Nicole, 23, que cantou a difícilima "Tightrope" de Janelle Monáe, Adam e Blake apertam o botão para ela nos últimos segundos da música. O vocalista do Maroon 5 então diz: "Você tem que me escolher porque esse cara não tem a menor ideia de quem seja Janelle Monae."
Blake não deixou barato: "Eu posso não conhecer Janelle Monáe, só que eu não apertaria o botão para Janelle. Eu apertaria para Nadjah". Precisa dizer quem venceu a disputa?
No quesito drama pessoal, o candidato de maior apelo até o momento é Barrett Baber, que sobreviveu a um acidente de avião e que acabou escolhendo Blake como seu treinador. O vídeo de sua apresentação você vê aqui.
Por fim, no time de Pharrell também está o candidato Mark Hood, de Illinois, que dizia que escolheria Blake, enquanto Adam levou o irlandês Keith Sample para seu time após uma interpretação emocionante de "I'll Be There for You", de Bon Jovi e, claro, de apelar para golpes baixos para convencer o candidato a escolhê-lo em uma disputa com Gwen.
"Mal posso esperar para te apresentar para o Bono", disse o fanfarrão Adam Levine, enquanto Gwen entrou na onda: "Eu também conheço o Bono, viu?".