Estreia do spin-off de "Walking Dead" tem muito drama e 3 zumbis
Natália Guaratto
Do UOL, em São Paulo
Menos tiros certeiros e espadadas nos crânios dos mortos-vivos e mais "que diabos está acontecendo?". É isso o que os fãs de "Walking Dead" podem esperar do spin-off da série, "Fear The Walking Dead", que começa a ir ao ar mundialmente a partir do próximo domingo (23).
A AMC exibiu o primeiro episódio da atração nesta terça-feira para um grupo de jornalistas em São Paulo. O UOL acompanhou e adianta que Robert Kirkman não mentiu quando prometeu um "drama familiar".
A estreia trouxe angústia e emoção, mas apenas três zumbis. Apesar de poucos, dois deles têm nomes. E também alguma história. O início da epidemia é apresentado por Gloria (Lexi Johnson) e Calvin (Keith Powers), tão inocentemente transformados que ninguém nem pensa em esmagar suas cabeças para uma morte definitiva. Ninguém sabe o que houve com eles e é isso que importa.
Em "Fear The Walking Dead", acompanhamos a problemática realidade do casal de professores Travis (Cliff Curts) e Madison (Kim Dickens). Casados, eles têm filhos adolescentes de outros relacionamentos. Embora Chris (Lorenzo James Henrie), filho de Travis, e Alycia (Alicia Clark), filha de Madison, carreguem alguma carga de drama juvenil, é com Nick (Frank Dillane), primogênito da protagonista viciado em heroína, que ficamos realmente preocupados.
Com um quê de Jesse Pinkman (Aaron Paul), o adorável usuário de metanfetamina de "Breaking Bad", Nick é o personagem com quem tudo de errado acontece e, por isso mesmo, vamos adorar odiá-lo. Só no primeiro episódio ele é atacado por uma amiga zumbi, atropelado, amarrado em uma cama de hospital e salvo de outro morto-vivo. Tão atormentado que faz parecer que o apocalipse zumbi é só o menor de seus problemas.
Ambientada em uma Los Angeles imersa em tráfico de drogas, "Fear The Walking Dead" ainda oferece uma teoria para a causa da epidemia zumbi: o consumo de heroína ou alguma outra droga modificada.
Levantada por Nick, que o tempo todo questiona se seu encontro com uma morta-viva é real ou fruto de alucinações, a hipótese vai seduzir os fãs da história que há anos procuram uma resposta.
Embora Kirkman já tenha negado estar interessado em explicar as origens de seu universo, "Fear The Walking Dead" já está renovada para uma segunda temporada. E vai ser impossível não especular.
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