Marcelo Madureira critica "Tá no Ar": "É uma cópia do Casseta e Planeta"
Do UOL, em São Paulo
Um dos entrevistados do "The Noite" desta segunda-feira (5), Marcelo Madureira criticou o programa "Tá no Ar", atração comandada por Marcelo Adnet e Marcius Melhem. De acordo com o comediante, que fez parte da equipe que produziu e apresentou entre 1992 e 2010 o "Casseta e Planeta", o novo humorístico da Globo não apresenta nenhuma novidade ao telespectador.
"O 'Tá no Ar' é uma cópia do 'Casseta e Planeta' misturado com o 'TV Pirata'. Tudo que eles fazem a gente fazia. Está aquém das possibilidades do que a Globo e o Marcelo Adnet podem fazer. Obliteraram o Casseta e Planeta da memória da televisão. Isso é uma coisa que me deixa triste, porque demos uma contribuição", desabafou.
Apesar de criticar a Globo, Marcelo Madureira falou com carinho da sua passagem pelo programa da emissora. "Tivemos as nossas influências, como Monty Python, Chico Anysio, e o legal é ver que também influenciamos as outras gerações. Foi uma experiência extravagante. O que eu mais gostava era de ser repórter, de sacanear personalidades. Sempre evitava sacanear uma pessoa pobre. É preciso sacanear quem está acima de você", contou.
Logo em seguida, a pedido de Danilo Gentili, Marcelo Madureira ensinou o apresentador do "The Noite" a fazer a dança do "Coisinha de Jesus", personagem de grande sucesso do "Casseta e Planeta". "O Coisinha de Jesus foi uma coisa engraçada porque eu sempre fui conhecido por ser aritmico. Eu dançando é ridículo, porque homem que é homem não dança. A não ser que seja para cantar mulheres", disse Madureira após fazer a dança.
"Nunca pensei que ia viver de falar babaquice"
Apesar de ter começado a fazer comédia ainda da universidade, quando juntamente com outros quatro colegas teve a ideia de começar a publicar o jornal humorístico "Casseta Popular", Marcelo Madureira disse que não pensava em ganhar dinheiro com o humor. Formado em engenharia, o comediante garantiu que era feliz trabalhando na sua área.
"Eu não era um engenheiro infeliz, eu trabalhava no 'file mignon' de um banco, no departamento de planejamento, eu planejava a economia do Brasil pro final do século. Eu nunca pensei que ia viver de falar babaquice e me vestir de mulher. O que era hobbie virou profissão e o que era profissão virou hobbie", contou o ex-integrante do "Casseta e Planeta".
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